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14/12/2004
-
13h16
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O crescimento da economia já produz efeitos positivos na avaliação do governo Lula e na imagem pessoal do presidente, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira. O último levantamento também coloca Lula como favorito numa eventual disputa eleitoral de 2006.
O desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um resultado melhor ainda, 65,4%, ante 58,8% do levantamento anterior. Esse é o quarto aumento consecutivo e o mais alto desde fevereiro, quando era de 65,3%. No início do governo, a imagem do presidente Lula tinha 83,6% de aprovação.
A avaliação positiva do governo federal passou de 41,3% em setembro para 44,5% neste mês, segundo divulgou hoje a pesquisa da CNT/Sensus. A avaliação negativa passou de 16,4% para 14,4%.
"A base de todo aumento é realmente a economia", diz o presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Clésio Andrade.
Entre janeiro e setembro, a economia brasileira cresceu 5,3% na comparação com o mesmo período de 2003. De acordo com a última pesquisa do Banco Central realizada semanalmente com o mercado financeiro, o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) deve terminar o ano com um aumento de 5,08% e, no ano que vem, crescer mais 3,5%.
O presidente da CNT citou como exemplo do desempenho positivo a geração de empregos. Entre janeiro e outubro, foram criados 1,796 milhão de empregos com carteira assinada, um recorde para o período.
No entanto, para Andrade, a população já tem a percepção de uma crise política no governo --reflexo das discussões que se arrastam há mais de um mês entre a base aliada e que culminaram na decisão da convenção nacional do PMDB de romper com o governo.
A pesquisa foi realizada entre os dia 7 e 9 de dezembro, em 24 Estados. No total, foram ouvidas 2.000 pessoas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Inflação
A pesquisa destaca também que a maior parte da população vê que a inflação ainda como um problema. Dos pesquisados, 63,5% disseram que os preços subiram e a inflação continua, contra 56,1% que responderam a essa mesma pergunta em fevereiro.
Os itens que mais pressionaram foram os reajustes de luz, gás e gasolina, que são os chamados preços administrados --que precisam de autorização do governo para sofrerem reajustes.
2006
Apesar dos problemas, o presidente Lula aparece na frente nos três cenários traçados pela CNT para a disputa presidencial de 2006.
"Lula está tendo como intenção de voto a avaliação positiva de seu governo e a avaliação positiva do governo é a economia", diz Andrade.
No primeiro deles, o presidente tem 44,6% das intenções de voto, seguido pelo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPS), com 15,5%. O secretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PMDB), está em terceiro, com 9,7%, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), com 8,9%.
Nos outros dois cenários, apenas o candidato do PSDB é alterado. Se o candidato tucano fosse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Lula teria 44,9% dos votos, seguido por Ciro com 16% e o governador com 10,7%. Garotinho aparece em quarto, com 9,5%.
No terceiro cenário, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparece como candidato do PSDB. Nessa lista, Lula continua em primeiro, com 43,8%, seguindo de Ciro, com 15,5%, FHC, com 13,1% e Garotinho, com 8,6%.
Para Andrade, FHC está em uma "situação desconfortável" por ter uma baixa intenção de votos mesmo tendo deixado o governo há dois anos.
"Economia e geração de emprego é o que está puxando [a avaliação do governo e do presidente] e que pode levá-lo à reeleição", avalia Andrade. No entanto, ele lembra que em uma campanha são apontadas as fragilidades de um candidato, e os problemas de infra-estrutura e segurança.
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Desempenho da economia alavanca avaliação do governo Lula, diz CNT/Sensus
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da Folha Online, em Brasília
O crescimento da economia já produz efeitos positivos na avaliação do governo Lula e na imagem pessoal do presidente, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta terça-feira. O último levantamento também coloca Lula como favorito numa eventual disputa eleitoral de 2006.
O desempenho pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um resultado melhor ainda, 65,4%, ante 58,8% do levantamento anterior. Esse é o quarto aumento consecutivo e o mais alto desde fevereiro, quando era de 65,3%. No início do governo, a imagem do presidente Lula tinha 83,6% de aprovação.
A avaliação positiva do governo federal passou de 41,3% em setembro para 44,5% neste mês, segundo divulgou hoje a pesquisa da CNT/Sensus. A avaliação negativa passou de 16,4% para 14,4%.
"A base de todo aumento é realmente a economia", diz o presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes), Clésio Andrade.
Entre janeiro e setembro, a economia brasileira cresceu 5,3% na comparação com o mesmo período de 2003. De acordo com a última pesquisa do Banco Central realizada semanalmente com o mercado financeiro, o PIB (Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas por um país) deve terminar o ano com um aumento de 5,08% e, no ano que vem, crescer mais 3,5%.
O presidente da CNT citou como exemplo do desempenho positivo a geração de empregos. Entre janeiro e outubro, foram criados 1,796 milhão de empregos com carteira assinada, um recorde para o período.
No entanto, para Andrade, a população já tem a percepção de uma crise política no governo --reflexo das discussões que se arrastam há mais de um mês entre a base aliada e que culminaram na decisão da convenção nacional do PMDB de romper com o governo.
A pesquisa foi realizada entre os dia 7 e 9 de dezembro, em 24 Estados. No total, foram ouvidas 2.000 pessoas. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.
Inflação
A pesquisa destaca também que a maior parte da população vê que a inflação ainda como um problema. Dos pesquisados, 63,5% disseram que os preços subiram e a inflação continua, contra 56,1% que responderam a essa mesma pergunta em fevereiro.
Os itens que mais pressionaram foram os reajustes de luz, gás e gasolina, que são os chamados preços administrados --que precisam de autorização do governo para sofrerem reajustes.
2006
Apesar dos problemas, o presidente Lula aparece na frente nos três cenários traçados pela CNT para a disputa presidencial de 2006.
"Lula está tendo como intenção de voto a avaliação positiva de seu governo e a avaliação positiva do governo é a economia", diz Andrade.
No primeiro deles, o presidente tem 44,6% das intenções de voto, seguido pelo ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes (PPS), com 15,5%. O secretário de Governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PMDB), está em terceiro, com 9,7%, e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), com 8,9%.
Nos outros dois cenários, apenas o candidato do PSDB é alterado. Se o candidato tucano fosse o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Lula teria 44,9% dos votos, seguido por Ciro com 16% e o governador com 10,7%. Garotinho aparece em quarto, com 9,5%.
No terceiro cenário, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aparece como candidato do PSDB. Nessa lista, Lula continua em primeiro, com 43,8%, seguindo de Ciro, com 15,5%, FHC, com 13,1% e Garotinho, com 8,6%.
Para Andrade, FHC está em uma "situação desconfortável" por ter uma baixa intenção de votos mesmo tendo deixado o governo há dois anos.
"Economia e geração de emprego é o que está puxando [a avaliação do governo e do presidente] e que pode levá-lo à reeleição", avalia Andrade. No entanto, ele lembra que em uma campanha são apontadas as fragilidades de um candidato, e os problemas de infra-estrutura e segurança.
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