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26/12/2004
-
09h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A eleição presidencial é só no dia 1º de outubro de 2006, mas, se fosse hoje, dificilmente Luiz Inácio Lula da Silva deixaria de conquistar, até com certa facilidade, mais quatro anos em sua cadeira no Palácio do Planalto.
Nos cenários pesquisados pelo Datafolha, só em uma hipótese Lula teria de suar um pouco a camisa: se o prefeito recém-eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), fosse candidato.
Nas quatro possibilidades apresentadas aos eleitores, Serra é o único que faz com que a eleição seja remetida para o segundo turno. Nessa hipótese, Lula tem 41%. O tucano aparece com 28%. A soma dos outros candidatos dá 14%. Somados Serra e o restante, a conta dá 42% --um ponto percentual a mais do que Lula.
Serra também é o único tucano que tem mais de 50% dos votos dos simpatizantes do PSDB. Ele marca 58% nesse grupo de eleitores. Os outros tucanos têm um desempenho sofrível dentro de seu próprio partido.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, tem 9% no geral e 28% entre tucanos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, marca 13% nacionalmente e 35% entre eleitores do PSDB. Os percentuais de Fernando Henrique Cardoso são 14% e 37%.
Lula varia de 41% (no cenário com Serra candidato) a 45% (quando o opositor tucano é Aécio Neves). O governador mineiro, hoje, é o único tucano nos cenários do Datafolha que não consegue ficar em segundo lugar na disputa com Lula. Quando está na lista de candidatos, perde a polarização com Lula para o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB), que aparece com 13%.
Garotinho parece ter um eleitorado cativo, firme. Fica sempre com 12% ou 13%, exceto quando Serra está na parada --daí, cai para apenas 8%.
Outro possível opositor de Lula em 2006 que ainda não decolou é o prefeito reeleito do Rio, Cesar Maia. Filiado ao PFL, ele anunciou neste mês que sairá em campanha no ano que vem para popularizar seu nome. Por enquanto, seu desempenho é o de um candidato nanico: varia de 3% a 6%. Heloisa Helena, do PSOL, tem de 3% a 5%.
A estratégia de Maia pode estar correta, a julgar pelo resultado de uma série de perguntas do Datafolha sobre o grau de conhecimento que os brasileiros têm de seus governantes.
Enquanto 93% conseguem responder corretamente que Lula é o presidente do Brasil, apenas 19% sabem que Cesar Maia é o prefeito do Rio. Esse desconhecimento também é um flagelo para Aécio Neves e Geraldo Alckmin --77 % desconhecem o cargo ocupado pelo mineiro e 63% não acertam a função atual do paulista.
O reverso desse quadro favorece Serra. Beneficiado pela exposição em 2002 --quando perdeu a eleição presidencial para Lula-- e pela recente campanha vitoriosa a prefeito de São Paulo, o tucano tem um nome nacionalmente muito mais conhecido que seus colegas de partido. Segundo o Datafolha, 43% dos brasileiros respondem corretamente quando indagados sobre quem é o prefeito eleito de São Paulo.
Mas nesse quesito --conhecimento-- Lula mostra que é, no momento, imbatível na sucessão presidencial. Quando o Datafolha pergunta ao entrevistado em quem ele ou ela quer votar em 2006, sem mostrar nomes, o petista aparece espontaneamente com 25%. O segundo colocado, Serra, surge com meros 4% --seguido de FHC, com 2%.
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A eleição presidencial é só no dia 1º de outubro de 2006, mas, se fosse hoje, dificilmente Luiz Inácio Lula da Silva deixaria de conquistar, até com certa facilidade, mais quatro anos em sua cadeira no Palácio do Planalto.
Nos cenários pesquisados pelo Datafolha, só em uma hipótese Lula teria de suar um pouco a camisa: se o prefeito recém-eleito de São Paulo, José Serra (PSDB), fosse candidato.
Nas quatro possibilidades apresentadas aos eleitores, Serra é o único que faz com que a eleição seja remetida para o segundo turno. Nessa hipótese, Lula tem 41%. O tucano aparece com 28%. A soma dos outros candidatos dá 14%. Somados Serra e o restante, a conta dá 42% --um ponto percentual a mais do que Lula.
Serra também é o único tucano que tem mais de 50% dos votos dos simpatizantes do PSDB. Ele marca 58% nesse grupo de eleitores. Os outros tucanos têm um desempenho sofrível dentro de seu próprio partido.
O governador de Minas Gerais, Aécio Neves, tem 9% no geral e 28% entre tucanos. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, marca 13% nacionalmente e 35% entre eleitores do PSDB. Os percentuais de Fernando Henrique Cardoso são 14% e 37%.
Lula varia de 41% (no cenário com Serra candidato) a 45% (quando o opositor tucano é Aécio Neves). O governador mineiro, hoje, é o único tucano nos cenários do Datafolha que não consegue ficar em segundo lugar na disputa com Lula. Quando está na lista de candidatos, perde a polarização com Lula para o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB), que aparece com 13%.
Garotinho parece ter um eleitorado cativo, firme. Fica sempre com 12% ou 13%, exceto quando Serra está na parada --daí, cai para apenas 8%.
Outro possível opositor de Lula em 2006 que ainda não decolou é o prefeito reeleito do Rio, Cesar Maia. Filiado ao PFL, ele anunciou neste mês que sairá em campanha no ano que vem para popularizar seu nome. Por enquanto, seu desempenho é o de um candidato nanico: varia de 3% a 6%. Heloisa Helena, do PSOL, tem de 3% a 5%.
A estratégia de Maia pode estar correta, a julgar pelo resultado de uma série de perguntas do Datafolha sobre o grau de conhecimento que os brasileiros têm de seus governantes.
Enquanto 93% conseguem responder corretamente que Lula é o presidente do Brasil, apenas 19% sabem que Cesar Maia é o prefeito do Rio. Esse desconhecimento também é um flagelo para Aécio Neves e Geraldo Alckmin --77 % desconhecem o cargo ocupado pelo mineiro e 63% não acertam a função atual do paulista.
O reverso desse quadro favorece Serra. Beneficiado pela exposição em 2002 --quando perdeu a eleição presidencial para Lula-- e pela recente campanha vitoriosa a prefeito de São Paulo, o tucano tem um nome nacionalmente muito mais conhecido que seus colegas de partido. Segundo o Datafolha, 43% dos brasileiros respondem corretamente quando indagados sobre quem é o prefeito eleito de São Paulo.
Mas nesse quesito --conhecimento-- Lula mostra que é, no momento, imbatível na sucessão presidencial. Quando o Datafolha pergunta ao entrevistado em quem ele ou ela quer votar em 2006, sem mostrar nomes, o petista aparece espontaneamente com 25%. O segundo colocado, Serra, surge com meros 4% --seguido de FHC, com 2%.
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