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15/02/2005 - 02h20

Eleição da Câmara terá 2º turno entre Greenhalgh e Severino Cavalcanti

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Pela primeira vez na história, a Câmara dos Deputados terá segundo turno para a eleição de seu presidente. O pleito será disputado pelo candidato oficial petista Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) e pelo independente Severino Cavalcanti (PP-PE).

Na votação do primeiro turno, Greenhalgh teve 207 votos; Severino Cavalcanti somou 124 votos; o canditato avulso Virgilio Guimarães (PT-MG) teve 117 votos; José Carlos Aleluia (PFL-BA) contou com 53 votos e Jair Bolsonaro (PFL-RJ), com 2 votos. Votaram em branco três deputados e nulo, outros quatro.

A disputa pela presidência da Câmara foi uma das mais tumultuadas do últimos tempos. A surpresa da noite foi a expressiva votação de Severino Cavalcanti, deputado que costuma lançar sua candidatura com promessas de aumentar o orçamento e os salários dos colegas congressistas.

Segundo o atual presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), o segundo turno deve começar em meia hora.

Ao indicar o nome de Greenhalgh como o candidato à presidência da Câmara, o PT provocou dissidências dentro do PT --o nome mais votado na bancada havia sido o de Virgílio Guimarães, que foi pressionado a desistir de sua candidatura devido a acordos internos na bancada.

Apesar de ser o preferido dos petistas, Guimarães perdeu o apoio da bancada ao insistir em manter sua candidatura avulsa. Aos poucos, sua candidatura também foi perdendo força na medida em que o congressista procurou apoio entre os críticos do governo federal, como o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB).

Clima tenso

Nos últimos dois meses, o clima da disputa foi ficando cada vez mais tenso. O ex-presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha (PT-SP), foi obrigado a assumir a coordenação de campanha de Greenhalgh, com o objetivo de garantir a unidade da bancada petista.

Greenhalgh somou apoios na reta final da campanha. Além de João Paulo Cunha, mais de dez ministros se empenharam pessoalmente na vitória do candidato oficial do PT.

O congressista paulista, considerado frio e distante pelos seus pares, mudou seu estilo e adotou um tom mais conciliador, buscando conversar com todos os seguimentos representados na Câmara, entre eles os evangélicos e os ruralistas.

Greenhalgh foi adotando o discurso de moderação e fortalecimento da Câmara. Ele apresentou uma plataforma de campanha com 21 itens que tem como mote a estabilidade do governo, a continuidade das mudanças promovidas pela primeira gestão petista à frente da mesa e ao fortalecimento do papel dos deputados.

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