Publicidade
Publicidade
16/02/2005
-
11h15
da Folha Online
O presidente do PT, José Genoino, defendeu nesta quarta-feira, em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, um pacto do PT com os partidos no Congresso, além de uma relação respeitosa com a Mesa da Câmara e humildade nas negociações.
"Negociação com humildade, relação institucional e respeitosa, conversa direta de poder para poder e separar: o governo ter uma relação institucional e respeitosa e o PT não fazer oposição à nova Mesa e procurar um pacto com os partidos", explicou.
Segundo Genoino, a derrota do partido com a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Câmara se deve a uma crise de perspectiva política na Câmara, que só será superada com o pacto entre os partidos.
"Acho que a Câmara está vivendo uma crise. Crise de dispersão, de perspectiva política com a falta de uma reforma com a fidelidade partidária, uma crise, que acho que o PT tem uma grande responsabilidade e deve tentar superar, que é a agenda de reformas da própria Câmara dos Deputados, do próprio Congresso Nacional, e uma crise que saiu do próprio controle das lideranças. Vamos deixar claro: esse resultado desautorizou as lideranças e as direções partidárias."
Ainda de acordo com o presidente do PT, a eleição de Severino Cavalcanti foi um troco ao governo Lula. "É um troco, mas mostra muito mais. Mostra também uma oposição por um sentido conservador pela candidatura do Luiz Eduardo Greenhalgh e do PT. Também refletiu descontentamento na relação, de um sentimento de insatisfação com o governo. O governo tem agido corretamente na relação com o Congresso, mas há divergências. E tem também, no meu modo de ver, uma tática equivocada da oposição, que trilhou um caminho equivocado de usar a candidatura do Severino Cavalcanti para dar uma espécie de recado ao PT. E teve o equívoco da candidatura de Virgílio Guimarães (PT-MG), que estimulou essa história de candidaturas avulsas."
Em relação à derrota, Genoino afirmou que foi dura para o PT. "Nós temos de tirar lições, mudar nossos métodos, agir com a cabeça fria, melhorar a relação, diminuir a arrogância, abrir mais o nosso relacionamento com os partidos e tocar a vida, porque nós temos muito tempo pela frente para trabalhar. Talvez, do ponto de vista do PT e com a nossa agenda, com a maior bancada, com as reformas que nós vamos fazer, pode ter males que vêm para o bem."
Questionado sobre as bandeiras levantadas por Severino Cavalcanti, como o aumento do salário dos deputados, Genoino afirmou que a maioria na Câmara não deve adotar essas bandeiras. "A câmara não é suicida. Esse episódio bateu no teto. Tem muita gente séria que não vai aceitar ir para uma espécie de matadouro. Acho que as lideranças políticas têm de sentar à mesa, baixar a cabeça, esclarecer o que houve e tratar, por exemplo, uma agenda política, mudança na Comissão de Orçamento, melhorar a relação interpartidária e ter uma espécie de pacto com a nova Mesa."
O presidente do PT disse ainda que esse episódio vai dar lição para todo mundo porque foi uma derrota, principalmente para o PT, mas foi também uma derrota para vários partidos, inclusive para a oposição que adotou um caminho equivocado.
Com informações do site do PT
Leia mais
Genoino admite erros da bancada do PT na eleição
PT avalia em reunião derrota na Câmara
Eleição de Cavalcanti foi "haraquiri político", diz "El País"
Especial
Leia o que já foi publicado sobre eleições na Câmara
Leia o que já foi publicado sobre José Genoino
Genoino defende PT mais humilde e pacto no Congresso
Publicidade
O presidente do PT, José Genoino, defendeu nesta quarta-feira, em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, um pacto do PT com os partidos no Congresso, além de uma relação respeitosa com a Mesa da Câmara e humildade nas negociações.
"Negociação com humildade, relação institucional e respeitosa, conversa direta de poder para poder e separar: o governo ter uma relação institucional e respeitosa e o PT não fazer oposição à nova Mesa e procurar um pacto com os partidos", explicou.
Segundo Genoino, a derrota do partido com a eleição de Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Câmara se deve a uma crise de perspectiva política na Câmara, que só será superada com o pacto entre os partidos.
"Acho que a Câmara está vivendo uma crise. Crise de dispersão, de perspectiva política com a falta de uma reforma com a fidelidade partidária, uma crise, que acho que o PT tem uma grande responsabilidade e deve tentar superar, que é a agenda de reformas da própria Câmara dos Deputados, do próprio Congresso Nacional, e uma crise que saiu do próprio controle das lideranças. Vamos deixar claro: esse resultado desautorizou as lideranças e as direções partidárias."
Ainda de acordo com o presidente do PT, a eleição de Severino Cavalcanti foi um troco ao governo Lula. "É um troco, mas mostra muito mais. Mostra também uma oposição por um sentido conservador pela candidatura do Luiz Eduardo Greenhalgh e do PT. Também refletiu descontentamento na relação, de um sentimento de insatisfação com o governo. O governo tem agido corretamente na relação com o Congresso, mas há divergências. E tem também, no meu modo de ver, uma tática equivocada da oposição, que trilhou um caminho equivocado de usar a candidatura do Severino Cavalcanti para dar uma espécie de recado ao PT. E teve o equívoco da candidatura de Virgílio Guimarães (PT-MG), que estimulou essa história de candidaturas avulsas."
Em relação à derrota, Genoino afirmou que foi dura para o PT. "Nós temos de tirar lições, mudar nossos métodos, agir com a cabeça fria, melhorar a relação, diminuir a arrogância, abrir mais o nosso relacionamento com os partidos e tocar a vida, porque nós temos muito tempo pela frente para trabalhar. Talvez, do ponto de vista do PT e com a nossa agenda, com a maior bancada, com as reformas que nós vamos fazer, pode ter males que vêm para o bem."
Questionado sobre as bandeiras levantadas por Severino Cavalcanti, como o aumento do salário dos deputados, Genoino afirmou que a maioria na Câmara não deve adotar essas bandeiras. "A câmara não é suicida. Esse episódio bateu no teto. Tem muita gente séria que não vai aceitar ir para uma espécie de matadouro. Acho que as lideranças políticas têm de sentar à mesa, baixar a cabeça, esclarecer o que houve e tratar, por exemplo, uma agenda política, mudança na Comissão de Orçamento, melhorar a relação interpartidária e ter uma espécie de pacto com a nova Mesa."
O presidente do PT disse ainda que esse episódio vai dar lição para todo mundo porque foi uma derrota, principalmente para o PT, mas foi também uma derrota para vários partidos, inclusive para a oposição que adotou um caminho equivocado.
Com informações do site do PT
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice