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21/02/2005 - 21h50

Para promotor, sigilo dará tranqüilidade às investigações no Pará

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da Folha Online

A Justiça do Pará decretou nesta segunda segredo de Justiça no inquérito da Polícia Civil que investiga o assassinato da freira Dorothy Stang, em Anapu (PA), no último dia 12.

Com isso, fica impedido o acesso do público aos documentos do processo. A decisão foi tomada por Lauro Alexandrino, juiz substituto da comarca de Pacajá, no Pará.

A Polícia Civil, no entanto, deve pedir a revogação do segredo de Justiça e, caso ela seja concedida, divulgar junto com a PF o conteúdo das declarações dadas por Fogoió.

O promotor Sávio Brabo de Araújo, autor do pedido, afirmou que a decisão da Justiça de manter em segredo o inquérito tem como objetivo dar tranqüilidade às investigações da "cadeia de comando" envolvida no crime.

"O objetivo do pedido é para que nós possamos checar com tranqüilidade todos os ricos detalhes que ele [Rayfran das Neves Sales] nos deu", disse o promotor.

Antes da decisão, a polícia havia divulgado que Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, teria apontando políticos da região como mandantes do crime.
No depoimento, segundo a polícia, ele assumiu a autoria dos disparos e afirmou que o foragido Uilquelano de Souza Pinto, conhecido como Eduardo ou Du, também atirou na missionária. Fogoió foi indiciado por homicídio e pode pegar até 30 anos de prisão.

O promotor integra o Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas. Depois de acompanhar o depoimento de Fogoió, acusado de ser o executor do crime, o promotor disse esperar que o segredo de justiça seja temporário.

Araújo confirmou que outras pessoas estão sendo investigadas no caso. "Por isso, há necessidade de checar isso de uma maneira mais séria, mais apurada."

Apesar de a acusação de Fogoió, a polícia ainda trabalha com a hipóteses de que o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, é o mandante do assassinato da missionária. A rendição do fazendeiro está sendo negociada pelo advogado do acusado desde sábado.

Acusados

Fogoió foi o segundo acusado pelo assassinato preso neste final de semana. Um segundo pistoleiro, Uilquelano de Souza Pinto, conhecido como Eduardo, e o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, suposto mandante do assassinato da missionária, estão foragidos.

A prisão de Fogoió foi feita no início da noite de domingo em uma ação das polícias Civil e Militar, com o apoio de soldados do Exército. Ele foi encontrado numa floresta, nas proximidades de Anapu.

O agricultor Amair Feijoli da Cunha, outro dos quatro acusados pelo assassinato da freira Dorothy Stang, já foi formalmente indiciado por homicídio qualificado.

Cunha, conhecido como Tato, foi o primeiro a ser preso. Ele prestou depoimento à Polícia Civil de Altamira (PA). Ele é suspeito de ter contratado, a mando do fazendeiro Vitalmiro de Moura Bastos, os dois pistoleiros.

Com informações da Agência Folha e Agência Brasil

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