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21/02/2005
-
23h54
da Folha Online
A Polícia Civil do Pará e a Polícia Federal prenderam na noite desta segunda-feira Uilquelano de Souza Pinto, acusado de ser um dos dois pistoleiros contratados para matar a freira Dorothy Stang, em Anapu (PA), no último dia 12.
Uilquelano Pinto, conhecido como Eduardo, na verdade se chama Clodoaldo Carlos Batista e estava foragido havia mais de uma semana. Ele foi encontrado em Belo Monte, cidade próxima a Anapu e Altamira, no oeste do Pará. A Polícia o localizou após uma denúncia.
Agora, encontra-se foragido apenas o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, acusado de ser o mandante do crime. A rendição de Vitalmiro está sendo negociada pelo advogado do acusado desde sábado.
Uilquelano Pinto é o terceiro dos acusados presos desde o último sábado, quando a Polícia Civil deteve o agricultor Amair Feijoli da Cunha, o Tato, e o primeiro dos quatro acusados pelo assassinato a ser indiciado por homicídio qualificado.
Segredo de Justiça
Nesta segunda-feira, a Justiça do Pará decretou segredo de Justiça no inquérito da Polícia Civil que investiga o assassinato da freira Dorothy Stang. Com isso, ficou impedido o acesso do público aos documentos do processo. A decisão foi tomada por Lauro Alexandrino, juiz substituto da comarca de Pacajá, no Pará.
A Polícia Civil, no entanto, deve pedir a revogação do segredo de Justiça e, caso ela seja concedida, divulgar junto com a PF o conteúdo das declarações dadas pelos acusados em depoimento.
O promotor Sávio Brabo de Araújo, autor do pedido, afirmou que a decisão da Justiça de manter em segredo o inquérito tem como objetivo dar tranqüilidade às investigações da "cadeia de comando" envolvida no crime.
Pistoleiro teria confessado
Antes da decisão, a polícia havia divulgado que Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, outro pistoleiro preso e interrogado, teria apontando políticos da região como mandantes do crime.
No depoimento, segundo a polícia, ele assumiu a autoria dos disparos e afirmou que Uilquelano de Souza Pinto, conhecido como Eduardo ou Du, também atirou na missionária. Fogoió foi indiciado por homicídio e pode pegar até 30 anos de prisão.
O promotor integra o Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas. Depois de acompanhar o depoimento de Fogoió, acusado de ser o executor do crime, o promotor disse esperar que o segredo de Justiça seja temporário.
Araújo confirmou que outras pessoas estão sendo investigadas no caso. "Por isso, há necessidade de checar isso de uma maneira mais séria, mais apurada."
Apesar de a acusação de Fogoió, a polícia ainda trabalha com a hipóteses de que o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, é o mandante do assassinato da missionária. A rendição do fazendeiro está sendo negociada pelo advogado do acusado desde sábado.
A prisão de Fogoió foi feita no início da noite de domingo em uma ação das polícias Civil e Militar, com o apoio de soldados do Exército. Ele foi encontrado numa floresta, nas proximidades de Anapu.
Com informações da Agência Folha e Agência Brasil
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A Polícia Civil do Pará e a Polícia Federal prenderam na noite desta segunda-feira Uilquelano de Souza Pinto, acusado de ser um dos dois pistoleiros contratados para matar a freira Dorothy Stang, em Anapu (PA), no último dia 12.
Uilquelano Pinto, conhecido como Eduardo, na verdade se chama Clodoaldo Carlos Batista e estava foragido havia mais de uma semana. Ele foi encontrado em Belo Monte, cidade próxima a Anapu e Altamira, no oeste do Pará. A Polícia o localizou após uma denúncia.
Agora, encontra-se foragido apenas o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, acusado de ser o mandante do crime. A rendição de Vitalmiro está sendo negociada pelo advogado do acusado desde sábado.
Uilquelano Pinto é o terceiro dos acusados presos desde o último sábado, quando a Polícia Civil deteve o agricultor Amair Feijoli da Cunha, o Tato, e o primeiro dos quatro acusados pelo assassinato a ser indiciado por homicídio qualificado.
Segredo de Justiça
Nesta segunda-feira, a Justiça do Pará decretou segredo de Justiça no inquérito da Polícia Civil que investiga o assassinato da freira Dorothy Stang. Com isso, ficou impedido o acesso do público aos documentos do processo. A decisão foi tomada por Lauro Alexandrino, juiz substituto da comarca de Pacajá, no Pará.
A Polícia Civil, no entanto, deve pedir a revogação do segredo de Justiça e, caso ela seja concedida, divulgar junto com a PF o conteúdo das declarações dadas pelos acusados em depoimento.
O promotor Sávio Brabo de Araújo, autor do pedido, afirmou que a decisão da Justiça de manter em segredo o inquérito tem como objetivo dar tranqüilidade às investigações da "cadeia de comando" envolvida no crime.
Pistoleiro teria confessado
Antes da decisão, a polícia havia divulgado que Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, outro pistoleiro preso e interrogado, teria apontando políticos da região como mandantes do crime.
No depoimento, segundo a polícia, ele assumiu a autoria dos disparos e afirmou que Uilquelano de Souza Pinto, conhecido como Eduardo ou Du, também atirou na missionária. Fogoió foi indiciado por homicídio e pode pegar até 30 anos de prisão.
O promotor integra o Grupo Especial de Prevenção e Repressão às Organizações Criminosas. Depois de acompanhar o depoimento de Fogoió, acusado de ser o executor do crime, o promotor disse esperar que o segredo de Justiça seja temporário.
Araújo confirmou que outras pessoas estão sendo investigadas no caso. "Por isso, há necessidade de checar isso de uma maneira mais séria, mais apurada."
Apesar de a acusação de Fogoió, a polícia ainda trabalha com a hipóteses de que o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, é o mandante do assassinato da missionária. A rendição do fazendeiro está sendo negociada pelo advogado do acusado desde sábado.
A prisão de Fogoió foi feita no início da noite de domingo em uma ação das polícias Civil e Militar, com o apoio de soldados do Exército. Ele foi encontrado numa floresta, nas proximidades de Anapu.
Com informações da Agência Folha e Agência Brasil
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