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22/02/2005 - 14h21

Justiça revoga segredo nas investigações sobre morte de missionária

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TATHIANA BARBAR
da Folha Online

O juiz titular da comarca de Pacajá (PA), Lucas do Carmo de Jesus, revogou na noite desta segunda-feira o sigilo nas investigações sobre a morte da missionária americana Dorothy Stang, 73, no último dia 12, em Anapu (PA).

O juiz considerou que é melhor deixar para a Polícia Civil do Estado decidir o que deve ou não ser divulgado sobre as investigações.

A Polícia Civil do Pará informou ontem que a Justiça havia decretado segredo nas investigações sobre a morte da freira. O decreto foi feito a pedido do promotor de Justiça Fábio Brabo de Araújo, do Ministério Público Estadual, que disse ter agido em nome da força-tarefa formada para investigar o caso.

Arma

Segundo a polícia, uma das armas usadas no crime --um revólver calibre 38-- foi encontrada hoje em uma área de assentamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), dentro de uma fazenda em Anapu, de propriedade do fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, acusado de ser o mandante do crime. Ele encontra-se foragido.

A arma teria sido usada por Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, apontado pela polícia como um dos pistoleiros. Depois de prestar depoimento confessando o crime, Fogoió indicou o local em que escondeu a arma.

Acusados

A Polícia Civil do Pará e a Polícia Federal prenderam na noite desta segunda-feira Uilquelano de Souza Pinto, acusado de ser um dos dois pistoleiros contratados para matar a freira. O outro seria Rayfran das Neves Sales, o Fogoió, preso no domingo --ele foi encontrado numa floresta, nas proximidades de Anapu.

Uilquelano Pinto, conhecido como Eduardo, na verdade se chama Clodoaldo Carlos Batista e estava foragido havia mais de uma semana. Ele foi encontrado em Belo Monte, cidade próxima a Anapu e Altamira, no oeste do Pará. A Polícia o localizou após uma denúncia.

Agora, encontra-se foragido apenas o fazendeiro Vitalmiro Gonçalves de Moura, conhecido como Bida, acusado de ser o mandante do crime. A rendição de Vitalmiro está sendo negociada pelo advogado do acusado desde sábado.

O agricultor Amair Feijoli da Cunha, outro dos quatro acusados pelo assassinato da freira Dorothy Stang, já foi formalmente indiciado por homicídio qualificado em processos conduzidos pelas polícias Civil e Federal.

Cunha, conhecido como Tato, prestou depoimento à Polícia Civil de Altamira (PA). Ele é suspeito de ter contratado, a mando do fazendeiro Vitalmiro de Moura Bastos, os supostos pistoleiros Rayfran das Neves Sales e Uilquelano de Souza Pinto para matarem a irmã Dorothy Stang.

Tato se apresentou no sábado à Polícia Civil do Pará em Altamira. Cunha, que negou as acusações e estava com prisão preventiva decretada, foi o primeiro dos quatro suspeitos de participação no crime a ser preso.

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