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01/03/2005
-
18h49
da Folha Online
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) confirmou hoje que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar a reforma ministerial a partir da próxima semana.
Mercadante participou da cerimônia de posse do novo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.
Segundo o senador, Lula anunciou a reforma durante o encontro que teve na segunda-feira com o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o próprio Mercadante.
Lula disse que fará "as últimas consultas" assim que chegar da viagem ao Uruguai na próxima quinta-feira, afirmou o senador.
Crise
A reforma ministerial volta à pauta em meio ao endurecimento do discurso da oposição --por conta das declarações de Lula, que disse na quinta-feira que omitiu informações sobre suspeitas de corrupção em privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) --, e ao polêmico projeto do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, que pretende colocar em votação o aumento do salário dos congressistas.
Adiamentos
Adiada desde novembro, Lula havia decidido voltar ao assunto somente depois das eleições para a presidência da Câmara. A reforma que serve para consolidar o governo de coalizão deverá acontecer em um momento em que o Planalto aumentou a dependência dos aliados para recompor a base de sustentação no Congresso e solidificar acordos para a reeleição.
Lula também espera uma solução do PMDB, que desde o início de fevereiro alterna o nome de sua liderança.
No retorno ao Brasil, o presidente deve chamar outros aliados, como o PP, partido do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE), para discutir que diretriz dará à reforma. 'Ele disse que vai conversar com todo mundo quando voltar do Uruguai, e a expectativa que temos é que ele possa rapidamente anunciar a reforma", revelou na segunda-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Em conversa com Calheiros, Lula disse ter acertado ao postergar a reforma à espera do resultado da eleição do presidente da Câmara. Como o governo não contava com a derrota do candidato oficial, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para Severino, seria obrigado a refazer a reforma caso as mudanças tivessem precedido a eleição na Câmara.
Antes da definição do novo presidente da Câmara, o PP contava que teria um ministério, possivelmente do Esporte, numa troca de cadeiras da equipe de Lula. Com a presidência garantida, o PP já considera ter direito ao mesmo tratamento dispensado ao PL, isto é, dois ministérios.
Com Agência Brasil
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Mercadante participou da cerimônia de posse do novo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez.
Segundo o senador, Lula anunciou a reforma durante o encontro que teve na segunda-feira com o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o próprio Mercadante.
Lula disse que fará "as últimas consultas" assim que chegar da viagem ao Uruguai na próxima quinta-feira, afirmou o senador.
Crise
A reforma ministerial volta à pauta em meio ao endurecimento do discurso da oposição --por conta das declarações de Lula, que disse na quinta-feira que omitiu informações sobre suspeitas de corrupção em privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) --, e ao polêmico projeto do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, que pretende colocar em votação o aumento do salário dos congressistas.
Adiamentos
Adiada desde novembro, Lula havia decidido voltar ao assunto somente depois das eleições para a presidência da Câmara. A reforma que serve para consolidar o governo de coalizão deverá acontecer em um momento em que o Planalto aumentou a dependência dos aliados para recompor a base de sustentação no Congresso e solidificar acordos para a reeleição.
Lula também espera uma solução do PMDB, que desde o início de fevereiro alterna o nome de sua liderança.
No retorno ao Brasil, o presidente deve chamar outros aliados, como o PP, partido do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE), para discutir que diretriz dará à reforma. 'Ele disse que vai conversar com todo mundo quando voltar do Uruguai, e a expectativa que temos é que ele possa rapidamente anunciar a reforma", revelou na segunda-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Em conversa com Calheiros, Lula disse ter acertado ao postergar a reforma à espera do resultado da eleição do presidente da Câmara. Como o governo não contava com a derrota do candidato oficial, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para Severino, seria obrigado a refazer a reforma caso as mudanças tivessem precedido a eleição na Câmara.
Antes da definição do novo presidente da Câmara, o PP contava que teria um ministério, possivelmente do Esporte, numa troca de cadeiras da equipe de Lula. Com a presidência garantida, o PP já considera ter direito ao mesmo tratamento dispensado ao PL, isto é, dois ministérios.
Com Agência Brasil
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