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02/03/2005
-
14h48
da Folha Online
O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), disse nesta quarta-feira no Uruguai que a reforma ministerial que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva irá promover neste mês irá ampliar a base aliada.
"A reforma vai nesse sentido, de fortalecer a participação dos aliados e aumentar a eficiência em algumas áreas em que poderemos fazer mais do que já fizemos", disse, em uma declaração que sinaliza uma eventual substituição de ministros petistas.
Ontem, Mercadante --que acompanha a comitiva presidencial para a posse do novo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez-- confirmou que Lula vai anunciar a reforma ministerial a partir da próxima semana.
Segundo o senador, Lula anunciou a reforma durante o encontro que teve na segunda-feira com o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o próprio Mercadante.
Lula disse que fará "as últimas consultas" assim que chegar da viagem ao Uruguai na próxima quinta-feira, afirmou o senador.
Crise
A reforma ministerial volta à pauta em meio ao endurecimento do discurso da oposição --por conta das declarações de Lula, que disse na quinta-feira que omitiu informações sobre suspeitas de corrupção em privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)--, e ao polêmico projeto do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que pretende colocar em votação o aumento do salário dos congressistas.
Adiada desde novembro, Lula havia decidido voltar ao assunto somente depois das eleições para a presidência da Câmara. A reforma que serve para consolidar o governo de coalizão deverá acontecer em um momento em que o Planalto aumentou a dependência dos aliados para recompor a base de sustentação no Congresso e solidificar acordos para a reeleição.
Lula também espera uma solução do PMDB, que desde o início de fevereiro alterna o nome de sua liderança.
Reunião
No retorno ao Brasil, o presidente deve chamar outros aliados, como o PP, partido do presidente da Câmara, para discutir que diretriz dará à reforma.
"Ele disse que vai conversar com todo mundo quando voltar do Uruguai, e a expectativa que temos é que ele possa rapidamente anunciar a reforma", revelou na segunda-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Em conversa com Calheiros, Lula disse ter acertado ao postergar a reforma à espera do resultado da eleição do presidente da Câmara. Como o governo não contava com a derrota do candidato oficial, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para Severino, seria obrigado a refazer a reforma caso as mudanças tivessem precedido a eleição na Câmara.
Antes da definição do novo presidente da Câmara, o PP contava que teria um ministério, possivelmente o do Esporte, numa troca de cadeiras da equipe de Lula. Com a presidência garantida, o PP já considera ter direito ao mesmo tratamento dispensado ao PL, isto é, dois ministérios.
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"A reforma vai nesse sentido, de fortalecer a participação dos aliados e aumentar a eficiência em algumas áreas em que poderemos fazer mais do que já fizemos", disse, em uma declaração que sinaliza uma eventual substituição de ministros petistas.
Ontem, Mercadante --que acompanha a comitiva presidencial para a posse do novo presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez-- confirmou que Lula vai anunciar a reforma ministerial a partir da próxima semana.
Segundo o senador, Lula anunciou a reforma durante o encontro que teve na segunda-feira com o ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o próprio Mercadante.
Lula disse que fará "as últimas consultas" assim que chegar da viagem ao Uruguai na próxima quinta-feira, afirmou o senador.
Crise
A reforma ministerial volta à pauta em meio ao endurecimento do discurso da oposição --por conta das declarações de Lula, que disse na quinta-feira que omitiu informações sobre suspeitas de corrupção em privatizações realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002)--, e ao polêmico projeto do presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), que pretende colocar em votação o aumento do salário dos congressistas.
Adiada desde novembro, Lula havia decidido voltar ao assunto somente depois das eleições para a presidência da Câmara. A reforma que serve para consolidar o governo de coalizão deverá acontecer em um momento em que o Planalto aumentou a dependência dos aliados para recompor a base de sustentação no Congresso e solidificar acordos para a reeleição.
Lula também espera uma solução do PMDB, que desde o início de fevereiro alterna o nome de sua liderança.
Reunião
No retorno ao Brasil, o presidente deve chamar outros aliados, como o PP, partido do presidente da Câmara, para discutir que diretriz dará à reforma.
"Ele disse que vai conversar com todo mundo quando voltar do Uruguai, e a expectativa que temos é que ele possa rapidamente anunciar a reforma", revelou na segunda-feira o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB).
Em conversa com Calheiros, Lula disse ter acertado ao postergar a reforma à espera do resultado da eleição do presidente da Câmara. Como o governo não contava com a derrota do candidato oficial, Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP), para Severino, seria obrigado a refazer a reforma caso as mudanças tivessem precedido a eleição na Câmara.
Antes da definição do novo presidente da Câmara, o PP contava que teria um ministério, possivelmente o do Esporte, numa troca de cadeiras da equipe de Lula. Com a presidência garantida, o PP já considera ter direito ao mesmo tratamento dispensado ao PL, isto é, dois ministérios.
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