Publicidade
Publicidade
18/05/2005
-
10h44
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Paulo Lustosa, negou nesta quarta-feira envolvimento com o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da Empresa de Correios, Maurício Marinho, acusado de participar de um esquema de corrupção para direcionar processos de licitação na empresa.
Na fita divulgada na tarde de ontem pelo presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ) --acusado de participar do esquema de corrupção nos Correios--, outros nomes que compõem a base aliada ao governo são citados como pessoas de contato de Marinho. A fita foi gravada por dois empresários que foram aos Correios saber como era o esquema de licitação do órgão.
Marinho explica pacientemente aos dois interessados como é a tramitação de um processo de licitação nos Correios e afirma que dentro da estatal o controle político está "nas mãos do PMDB e do PTB". No diálogo, Marinho afirma que o PTB fez a nomeação do novo diretor de tecnologia dos Correios e que Antonio Pedreira, outro funcionário dos Correios, tem trânsito com pessoas chaves do governo, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, e o secretário-executivo do ministério, Paulo Lustosa.
"Primeiro, [Pedreira] não é meu amigo. Meus amigos eu escolho. E se quiser saber quem é meu amigo, pergunte a minha mulher que ela conhece bem", afirmou Lustosa. Segundo ele, cabe aos Correios como instituição autônoma investigar as denúncias de corrupção na estatal.
Ainda de acordo com Lustosa, o ministro Eunício Oliveira encaminhou uma solicitação ao Ministério da Justiça e à CGU (Controladoria Geral da União) para que tomem providências sobre o caso. "O Congresso está tomando suas providências. Fora isso, nós não somos nem juiz, nem polícia, nem Ministério Público, para estabelecer qual seria o julgamento desse pessoal."
Leia mais
Ex-diretor dos Correios diz em fita ter trânsito com Calheiros e Eunício
Oposição diz ter apoio para CPI e deixa governo acuado
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os Correios
Sites relacionados
Veja trechos do pronunciamento do deputado Roberto Jefferson (somente para assinantes do UOL)
Secretário nega envolvimento com ex-chefe dos Correios
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O secretário-executivo do Ministério das Comunicações, Paulo Lustosa, negou nesta quarta-feira envolvimento com o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material da Empresa de Correios, Maurício Marinho, acusado de participar de um esquema de corrupção para direcionar processos de licitação na empresa.
Na fita divulgada na tarde de ontem pelo presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ) --acusado de participar do esquema de corrupção nos Correios--, outros nomes que compõem a base aliada ao governo são citados como pessoas de contato de Marinho. A fita foi gravada por dois empresários que foram aos Correios saber como era o esquema de licitação do órgão.
Marinho explica pacientemente aos dois interessados como é a tramitação de um processo de licitação nos Correios e afirma que dentro da estatal o controle político está "nas mãos do PMDB e do PTB". No diálogo, Marinho afirma que o PTB fez a nomeação do novo diretor de tecnologia dos Correios e que Antonio Pedreira, outro funcionário dos Correios, tem trânsito com pessoas chaves do governo, como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira, e o secretário-executivo do ministério, Paulo Lustosa.
"Primeiro, [Pedreira] não é meu amigo. Meus amigos eu escolho. E se quiser saber quem é meu amigo, pergunte a minha mulher que ela conhece bem", afirmou Lustosa. Segundo ele, cabe aos Correios como instituição autônoma investigar as denúncias de corrupção na estatal.
Ainda de acordo com Lustosa, o ministro Eunício Oliveira encaminhou uma solicitação ao Ministério da Justiça e à CGU (Controladoria Geral da União) para que tomem providências sobre o caso. "O Congresso está tomando suas providências. Fora isso, nós não somos nem juiz, nem polícia, nem Ministério Público, para estabelecer qual seria o julgamento desse pessoal."
Leia mais
Especial
Sites relacionados
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice