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20/05/2005
-
10h14
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A derrota da oposição na indicação de Alexandre de Moraes para o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), por uma manobra do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), trouxe um sério problema para a base governista e para a equipe econômica.
A oposição ameaça devolver a derrota, trancar a pauta de votações do Senado e pesar o clima com o governo se Moraes não for novamente indicado ao CNJ. Até agora, não houve nenhuma manifestação no sentido de reverter a derrota da oposição.
Por uma coincidência, a indicação de Alexandre Tombini para a Diretoria de Estudos Especiais do Banco Central, em substituição a Eduardo Loyo, economista que ocupará a representação do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional), chegou à Mesa Diretora no dia da derrota. O relator da indicação será o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), que já teria prometido entregar seu relatório no início da próxima semana.
Tombini precisa ser sabatinado e aprovado pelos senadores que integram a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Mantido o clima tenso gerado pela rejeição de Moraes, a base governista enfrentará problemas para garantir a aprovação do nome indicado pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
CAE
O presidente da CAE, Luiz Otávio (PMDB-PA), afirmou saber das dificuldades que a base governista terá nesta sabatina, mas disse que não pode adiar a audiência por conta própria. "Alguém tem que pedir para adiar, ou o relator, ou o líder do governo [Aloizio Mercadante]", afirmou.
Do total de integrantes da CAE --27 titulares--, 11 são do PFL ou PSDB, os partidos que patrocinaram a indicação de Alexandre de Moraes e, portanto, sentem-se os principais atingidos pela manobra governista. O PDT, partido que não segue o governo, também tem um representante, Osmar Dias (PR).
O PMDB tem oito integrantes na comissão, sendo um o presidente da Comissão. O partido já prometeu derrotar o nome de Denise Abreu, indicada pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para compor o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Diante da ameaça feita pelo PMDB, e com o histórico de uma derrota patrocinada pelo partido --na indicação de José Fantini para a ANP (Agência Nacional do Petróleo)-- serão poucos os quatro votos de senadores do PT e os três senadores do grupo PTB, PSB e PPS. Por isso, o governo deve pedir para alterar a data da sabatina.
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A oposição ameaça devolver a derrota, trancar a pauta de votações do Senado e pesar o clima com o governo se Moraes não for novamente indicado ao CNJ. Até agora, não houve nenhuma manifestação no sentido de reverter a derrota da oposição.
Por uma coincidência, a indicação de Alexandre Tombini para a Diretoria de Estudos Especiais do Banco Central, em substituição a Eduardo Loyo, economista que ocupará a representação do Brasil no FMI (Fundo Monetário Internacional), chegou à Mesa Diretora no dia da derrota. O relator da indicação será o senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), que já teria prometido entregar seu relatório no início da próxima semana.
Tombini precisa ser sabatinado e aprovado pelos senadores que integram a CAE (Comissão de Assuntos Econômicos). Mantido o clima tenso gerado pela rejeição de Moraes, a base governista enfrentará problemas para garantir a aprovação do nome indicado pelo ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
CAE
O presidente da CAE, Luiz Otávio (PMDB-PA), afirmou saber das dificuldades que a base governista terá nesta sabatina, mas disse que não pode adiar a audiência por conta própria. "Alguém tem que pedir para adiar, ou o relator, ou o líder do governo [Aloizio Mercadante]", afirmou.
Do total de integrantes da CAE --27 titulares--, 11 são do PFL ou PSDB, os partidos que patrocinaram a indicação de Alexandre de Moraes e, portanto, sentem-se os principais atingidos pela manobra governista. O PDT, partido que não segue o governo, também tem um representante, Osmar Dias (PR).
O PMDB tem oito integrantes na comissão, sendo um o presidente da Comissão. O partido já prometeu derrotar o nome de Denise Abreu, indicada pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, para compor o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Diante da ameaça feita pelo PMDB, e com o histórico de uma derrota patrocinada pelo partido --na indicação de José Fantini para a ANP (Agência Nacional do Petróleo)-- serão poucos os quatro votos de senadores do PT e os três senadores do grupo PTB, PSB e PPS. Por isso, o governo deve pedir para alterar a data da sabatina.
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