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20/05/2005 - 12h16

Senadores articulam para manter Fonteles na PGR

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Os senadores, liderados por Pedro Simon (PMDB-RS), articulam um movimento para manter o procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, no cargo. Segundo Simon, Fonteles é hoje o "melhor amigo" do presidente Lula, porque "não tem medo de mandar apurar e punir o que vê de errado no governo".

Fonteles deixará a PGR no dia 30 de junho após quase dois anos à frente do Ministério Público da União. Ele se mostrou contrário à sua recondução ao cargo, mas Simon afirma que se o apelo vier por parte do presidente Lula, Fonteles não terá como recusar o pedido.

Alan Marques/Folha Imagem
O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles
O procurador-geral da República, Cláudio Fonteles
Para o procurador, durante a sua gestão, o Ministério Público passou de um período de voluntarismo para um ciclo de maturidade institucional. "Procurei abrir um forte processo de diálogo. Visitei quase todas as unidades regionais. Só falta Alagoas. Penso que o líder tem que mostrar a cara dele para ser julgado e, só depois, seguido", afirmou.

Em apoio ao apelo de Simon, o senador Cristovam Buarque (PT-DF) propôs que todos os senadores assinem um documento a ser encaminhado ao presidente Lula pedindo a recondução de Fonteles ao cargo.

O senador tucano Álvaro Dias (PR) já avisou que o PSDB assinará o documento. "Nós acatamos essa proposta para mostrar que queremos o bem desse governo", afirmou.

Parlamentares da base aliada dizem que o procurador provocou constrangimentos ao governo ao pedir a investigação do ministro da Previdência, Romero Jucá, e a quebra de sigilo fiscal do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

CPIs

Simon afirmou que falta coragem do governo Lula de tomar posições mais firmes e lembrou que a maioria das denúncias que a oposição quer investigar por meio de CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) já foram acatadas para investigação por parte do procurador Cláudio Fonteles.

O senador gaúcho mostrou ainda indignação com a disposição do governo de retirar as assinaturas para a CPI dos Correios. Para Simon, falta iniciativa por parte do governo para apurar as denúncias, bem como para demitir quem está sendo investigado.

Colaborou Felipe Recondo

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