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23/05/2005
-
09h35
FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, enviado especial a Seul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega hoje a Seul, capital da Coréia do Sul, acompanhado de cinco ministros. O petista convidou 12 ministros para a comitiva, mas a crise política causada pela possível instalação da CPI dos Correios acabou impedindo a viagem da maioria dos convocados.
O desembarque do presidente Lula está previsto para 21h50 (9h50 em Brasília). Ele vem no avião presidencial, o Aerolula. Estarão com ele os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Dilma Roussef (Minas e Energia), Roberto Rodrigues (Agricultura) e Celso Amorin (Relações Exteriores).
Entre os faltosos, segundo divulgou ontem o Ministério das Relações Exteriores brasileiro em Seul, estão José Dirceu (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) e Eunício Oliveira (Comunicações). Todos ficaram no Brasil com o objetivo de tentar conter a criação da CPI.
Também estava prevista e acabou cancelada a presença do presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles. O ministro Walfrido Mares Guia (Turismo) iria se encontrar com a comitiva, segundo o Planalto.
O nome de vários ministros cuja vinda foi cancelada estava já impresso em programas da viagem que termina no Japão, no sábado. Dirceu faria palestras nos dois países. Em Tóquio, o ministro Paulo Bernardo falararia sobre Parcerias Público-Privadas: "Modelo PPP em Ação".
O perfil dos ministros escolhidos para ficar no Brasil é nitidamente político: Dirceu, Paulo Bernardo, Eunício Oliveira e Eduardo Campos são deputados federais e mantêm constante relação com os congressistas.
No Brasil, vão ajudar o presidente a tentar a contornar a ameaça de CPI. No Japão e na Coréia, deixarão insatisfeitas grandes platéias de empresários. Cerca de 500 homens de negócios haviam se inscrito em cada um desses países para ouvir as autoridades brasileiras agora ausentes.
Não é a primeira vez que um presidente visita o Oriente com a cabeça na política interna. Em 1996, o então presidente Fernando Henrique Cardoso declarou, em Tóquio, que iria "esclarecer o Congresso" sobre a CPI dos Bancos. À época, manobrava para impedir a CPI sobre o socorro aos aos bancos. Passou parte da visita ao Japão conversando ao telefone com seus articuladores políticos.
Dois governadores de Estado acompanham Lula: Germano Rigotto (PMDB-RS) e Lúcio Alcântara (PSDB-CE).
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da Folha de S.Paulo, enviado especial a Seul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega hoje a Seul, capital da Coréia do Sul, acompanhado de cinco ministros. O petista convidou 12 ministros para a comitiva, mas a crise política causada pela possível instalação da CPI dos Correios acabou impedindo a viagem da maioria dos convocados.
O desembarque do presidente Lula está previsto para 21h50 (9h50 em Brasília). Ele vem no avião presidencial, o Aerolula. Estarão com ele os ministros Antonio Palocci Filho (Fazenda), Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Dilma Roussef (Minas e Energia), Roberto Rodrigues (Agricultura) e Celso Amorin (Relações Exteriores).
Entre os faltosos, segundo divulgou ontem o Ministério das Relações Exteriores brasileiro em Seul, estão José Dirceu (Casa Civil), Paulo Bernardo (Planejamento), Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia) e Eunício Oliveira (Comunicações). Todos ficaram no Brasil com o objetivo de tentar conter a criação da CPI.
Também estava prevista e acabou cancelada a presença do presidente do Banco Central, ministro Henrique Meirelles. O ministro Walfrido Mares Guia (Turismo) iria se encontrar com a comitiva, segundo o Planalto.
O nome de vários ministros cuja vinda foi cancelada estava já impresso em programas da viagem que termina no Japão, no sábado. Dirceu faria palestras nos dois países. Em Tóquio, o ministro Paulo Bernardo falararia sobre Parcerias Público-Privadas: "Modelo PPP em Ação".
O perfil dos ministros escolhidos para ficar no Brasil é nitidamente político: Dirceu, Paulo Bernardo, Eunício Oliveira e Eduardo Campos são deputados federais e mantêm constante relação com os congressistas.
No Brasil, vão ajudar o presidente a tentar a contornar a ameaça de CPI. No Japão e na Coréia, deixarão insatisfeitas grandes platéias de empresários. Cerca de 500 homens de negócios haviam se inscrito em cada um desses países para ouvir as autoridades brasileiras agora ausentes.
Não é a primeira vez que um presidente visita o Oriente com a cabeça na política interna. Em 1996, o então presidente Fernando Henrique Cardoso declarou, em Tóquio, que iria "esclarecer o Congresso" sobre a CPI dos Bancos. À época, manobrava para impedir a CPI sobre o socorro aos aos bancos. Passou parte da visita ao Japão conversando ao telefone com seus articuladores políticos.
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