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CPI da Corrupção na Câmara do DF elege hoje novo presidente
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da Folha Online
Em meio aos novos desdobramentos do mensalão de Brasília, a Câmara Legislativa do Distrito Federal elege nesta terça-feira, às 10h, o novo comando da CPI da Corrupção, que investiga o suposto esquema de pagamento de propina.
Os aliados do governador José Roberto Arruda (sem partido) enfrentam problemas para encontrar algum distrital da base que esteja disposto a defender publicamente o governador.
Nos bastidores, os aliados de Arruda reconhecem que há dificuldades para convencer um governista a ocupar o cargo de presidente da comissão. Os deputados Bispo Renato (PR) e Cristiano Araújo (PTB) teriam recusado o convite. A nova alternativa é o deputado Dr. Charles (PTB).
A recomposição da CPI foi motivada pela saída da deputada Eliana Pedrosa (DEM), que renunciou à vaga do partido na CPI. A saída da deputada ocorreu logo depois do desligamento do bloco do PPS com o PMDB e que retirou da presidência da CPI o deputado Alírio Neto (PPS).
Ex-secretário de Justiça de Arruda, Neto foi pressionado pelo comando do PPS a atuar contra Arruda e acabou deixando a comissão.
Na semana passada, o deputado Geraldo Naves (DEM) também se afastou da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara Legislativa e da CPI da Corrupção.
Integrante da tropa de choque do governador, Naves confirmou que o bilhete entregue pelo jornalista Edson dos Santos, o Sombra, à Policia Federal realmente foi escrito por Arruda. Sombra disse que recebeu o bilhete entre os dias 8 e 9 de janeiro das mãos de Naves.
O bilhete seria, segundo Sombra, uma das provas da tentativa de suborno oferecido pelo conselheiro do Metrô, Antonio Bento da Silva, em troca do jornalista atestar que os vídeos gravados por Durval Barbosa, delator do esquema, teriam sido manipulados.
Mesmo com a saída de aliados de Arruda, a CPI continuará controlada por governistas. O relator, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB), ex-secretário de Justiça, e o deputado Batista das Cooperativas (PRP) prometem ditar o ritmo da apuração. O único representante da oposição da CPI é o deputado Paulo Tadeu (PT).
As investigações começaram no dia 11 de janeiro, mas ainda não trouxeram resultados. Os distritais nem encaminharam ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) o requerimento aprovado que pedia cópia do inquérito que investiga o esquema de corrupção no Distrito Federal.
Nem mesmo o depoimento de Durval Barbosa, delator do esquema, a CPI conseguiu viabilizar. Diante da disputa entre governo e oposição sobre a participação de Barbosa, o delator pediu o adiamento, alegando que não poderia entrar em um ringue político.
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