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23/05/2005
-
12h46
da Folha Online
O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, afirmou nesta segunda-feira que a prisão do fazendeiro Adriano Chafik Luedy, acusado de participação na chacina de Felisburgo (MG), em que foram mortos cinco sem-terra, é uma questão de tempo.
A nova prisão preventiva do fazendeiro foi decretada na última sexta-feira pela Justiça de Minas Gerais. Luedy havia conseguido sua libertação por habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 8 de abril.
"Relatório de um juiz da Vara Agrária de Minas Gerais relata que a família de Chafik tinha uma postura muito agressiva e não demonstrava nenhum sentimento de arrependimento pelos assassinatos. Pelo contrário, a família só se refere aos assentados e acampados de Felisburgo com posturas agressivas e perigosas. Essa é uma das razões, acredito eu, que tenha levado à decretação da prisão de Chafik", afirmou o ministro.
A chacina de Felisburgo é o nome pelo qual ficou conhecido o assassinato, em 20 de novembro passado, de cinco sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), na cidade mineira do Vale do Jequitinhonha. Os sem-terra eram integrantes do acampamento Terra Prometida, cuja área é reivindicada por Luedy. Dos 15 denunciados pelo crime, cinco foram presos --apenas um vaqueiro segue detido-- e dez estão foragidos.
Para o ministro, é importante a prisão do líder do grupo e o cumprimento dos mandados que faltam. Nilmário ressaltou que o massacre se enquadra num dos maiores crimes cometidos em virtude de conflitos sociais nos últimos tempos no país. "Qualquer crime é inaceitável, mas, alguém achar que poderia matar e que teria impunidade é um absurdo. O Brasil não pode conviver com isso mais. Portanto, eu acho que a volta dele para a prisão atende a um reclame da sociedade."
A agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra), Marcilene Ferreira, informou que a situação dos acampados ainda é muito tensa. "A situação das famílias é de insegurança. É urgente a prisão dos responsáveis no sentido de coibir esse tipo de violência, porque as ameaças continuam", afirmou.
"Nós queremos acreditar que o caso do massacre de Felisburgo terá um desfecho diferente dos outros conflitos no Estado e que, de fato, haja a punição para coibir a ação e organização das milícias do Estado", reiterou.
Com Agência Brasil
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Prisão de fazendeiro é questão de tempo, diz Nilmário
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O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, afirmou nesta segunda-feira que a prisão do fazendeiro Adriano Chafik Luedy, acusado de participação na chacina de Felisburgo (MG), em que foram mortos cinco sem-terra, é uma questão de tempo.
A nova prisão preventiva do fazendeiro foi decretada na última sexta-feira pela Justiça de Minas Gerais. Luedy havia conseguido sua libertação por habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) em 8 de abril.
"Relatório de um juiz da Vara Agrária de Minas Gerais relata que a família de Chafik tinha uma postura muito agressiva e não demonstrava nenhum sentimento de arrependimento pelos assassinatos. Pelo contrário, a família só se refere aos assentados e acampados de Felisburgo com posturas agressivas e perigosas. Essa é uma das razões, acredito eu, que tenha levado à decretação da prisão de Chafik", afirmou o ministro.
A chacina de Felisburgo é o nome pelo qual ficou conhecido o assassinato, em 20 de novembro passado, de cinco sem-terra ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), na cidade mineira do Vale do Jequitinhonha. Os sem-terra eram integrantes do acampamento Terra Prometida, cuja área é reivindicada por Luedy. Dos 15 denunciados pelo crime, cinco foram presos --apenas um vaqueiro segue detido-- e dez estão foragidos.
Para o ministro, é importante a prisão do líder do grupo e o cumprimento dos mandados que faltam. Nilmário ressaltou que o massacre se enquadra num dos maiores crimes cometidos em virtude de conflitos sociais nos últimos tempos no país. "Qualquer crime é inaceitável, mas, alguém achar que poderia matar e que teria impunidade é um absurdo. O Brasil não pode conviver com isso mais. Portanto, eu acho que a volta dele para a prisão atende a um reclame da sociedade."
A agente da CPT (Comissão Pastoral da Terra), Marcilene Ferreira, informou que a situação dos acampados ainda é muito tensa. "A situação das famílias é de insegurança. É urgente a prisão dos responsáveis no sentido de coibir esse tipo de violência, porque as ameaças continuam", afirmou.
"Nós queremos acreditar que o caso do massacre de Felisburgo terá um desfecho diferente dos outros conflitos no Estado e que, de fato, haja a punição para coibir a ação e organização das milícias do Estado", reiterou.
Com Agência Brasil
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