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25/05/2005 - 12h08

Em sessão conjunta, Câmara e Senado criam CPI dos Correios

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O deputado Inocêncio Oliveira (PMDB-PE) criou na manhã desta quarta-feira a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista para investigar as denúncias de um suposto esquema de corrupção na ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) ao ler, na sessão conjunta do Congresso, o requerimento de criação da comissão.

Como a CPI atende aos requisitos da Constituição --número mínimo de assinaturas de apoio, fato determinado para investigação (no caso a corrupção nos Correios) e prazos de criação e funcionamento da CPI--, ela não precisa ser votada. Com a sua leitura, a CPI dos Correios está automaticamente criada.

Alan Marques/Folha Imagem
Severino e Renan durante sessão no Congresso
Severino e Renan durante sessão no Congresso
A sessão contou com a presença de 189 deputados e 39 senadores. O quorum mínimo necessário era de 86 deputados e 14 senadores.

O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), avaliou, antes da sessão, que "até ontem achava difícil retirar as assinaturas". "Hoje, a coisa já mudou."

Severino se referia à posição do PTB de retirar suas assinaturas, o que pode incentivar outros deputados da base aliada a fazer o mesmo até a meia-noite de hoje, quando termina o prazo para a retirada ou acréscimo de assinaturas de apoio à CPI.

CPI

A CPI dos Correios foi pedida pela oposição após uma gravação divulgada pela revista "Veja", na qual o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios, Maurício Marinho, conta a empresários o que ele próprio aponta como caminhos para fazer negociatas nos Correios.

Em seu depoimento à Polícia Federal, nesta terça-feira, Marinho inocentou o presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), de participação no suposto esquema de corrupção na ECT.

Ao sair da PF, depois de ficar durante aproximadamente oito horas prestando depoimento, Marinho classificou como "bravata" a conversa gravada que teve com empresários. Na gravação, Marinho afirmou que agia com o aval de Jefferson.

Ele confirmou à PF a versão do petebista, que na semana passada, ao se defender no plenário da Câmara, afirmou que os dois só teriam se encontrado três vezes e publicamente.

Marinho afirmou que estava arrependido. "Falei demais, falei coisas que não deveria ter falado", disse. O ex-funcionário disse ainda que tinha envergonhado sua família após aparecer em gravações detalhando o suposto esquema de propina na estatal.

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