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07/06/2005
-
09h06
CONRADO CORSALETTE
da Folha de S.Paulo
A direção do PT decidiu blindar seu tesoureiro, Delúbio Soares, e fazer uma defesa institucional do partido contra as acusações feitas pelo presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), em entrevista publicada ontem pela Folha.
Em reunião da Executiva Nacional petista ontem em São Paulo, da qual participaram os deputados João Paulo Cunha e Arlindo Chinaglia, Delúbio não foi nem sequer questionado pelos colegas.
O presidente do PT, José Genoino, chegou às 6h para a reunião, que foi antecipada para as 7h30. Normalmente, acontece às 10h30.
Na avaliação dos integrantes do partido, a entrevista de Jefferson foi calculada para atingir o PT e antecipar o debate eleitoral de 2006. Os dirigentes decidiram que Delúbio não daria entrevistas porque isso poderia ser caracterizado como um possível isolamento do tesoureiro. Ele passou o dia na sede do PT em São Paulo, de onde só saiu às 21h35 --seu carro foi escoltado por duas motos.
Os dirigentes dispararam ligações para os diretórios regionais petistas em todo país, com o objetivo de afinar o discurso interno.
O partido manteve sua posição contrária a qualquer CPI. Amanhã, a Executiva volta a se reunir para discutir o assunto, além de novas estratégias de defesa em relação às acusações de Jefferson.
Ontem, o discurso dos dirigentes era de "sintonia" com a base aliada. Além das declarações e da nota divulgada por Genoino, os dirigentes que participaram da reunião rechaçaram as acusações do presidente do PTB, classificadas como "mentirosas" e "fantasiosas".
"É uma situação tão esdrúxula, tão fantasiosa alguém criar um esquema dessa natureza e achar que o PT está envolvido", disse o secretário sindical do partido, João Felício. "Existe um esquema muito pesado no país para abalar a imagem do partido", disse o dirigente, para quem Jefferson está tão comprometido com as denúncias que recaem sobre ele no caso dos Correios que ele "vai atirar para tudo quanto é lado".
Terceiro vice-presidente do PT e pré-candidato à presidência da sigla pela Articulação de Esquerda (corrente interna do partido), Valter Pomar afirmou que o contexto é propício para que o governo mude sua política de alianças no Congresso. Ressaltou, porém, que a tarefa de ontem foi outra: "O foco da reunião foi defender o PT de ataques mentirosos --a acusação está desqualificada pela fonte [Roberto Jefferson]. Não está em questão a pessoa do Delúbio", declarou Pomar.
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PT blinda Delúbio, que não dá entrevista
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da Folha de S.Paulo
A direção do PT decidiu blindar seu tesoureiro, Delúbio Soares, e fazer uma defesa institucional do partido contra as acusações feitas pelo presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), em entrevista publicada ontem pela Folha.
Em reunião da Executiva Nacional petista ontem em São Paulo, da qual participaram os deputados João Paulo Cunha e Arlindo Chinaglia, Delúbio não foi nem sequer questionado pelos colegas.
O presidente do PT, José Genoino, chegou às 6h para a reunião, que foi antecipada para as 7h30. Normalmente, acontece às 10h30.
Na avaliação dos integrantes do partido, a entrevista de Jefferson foi calculada para atingir o PT e antecipar o debate eleitoral de 2006. Os dirigentes decidiram que Delúbio não daria entrevistas porque isso poderia ser caracterizado como um possível isolamento do tesoureiro. Ele passou o dia na sede do PT em São Paulo, de onde só saiu às 21h35 --seu carro foi escoltado por duas motos.
Os dirigentes dispararam ligações para os diretórios regionais petistas em todo país, com o objetivo de afinar o discurso interno.
O partido manteve sua posição contrária a qualquer CPI. Amanhã, a Executiva volta a se reunir para discutir o assunto, além de novas estratégias de defesa em relação às acusações de Jefferson.
Ontem, o discurso dos dirigentes era de "sintonia" com a base aliada. Além das declarações e da nota divulgada por Genoino, os dirigentes que participaram da reunião rechaçaram as acusações do presidente do PTB, classificadas como "mentirosas" e "fantasiosas".
"É uma situação tão esdrúxula, tão fantasiosa alguém criar um esquema dessa natureza e achar que o PT está envolvido", disse o secretário sindical do partido, João Felício. "Existe um esquema muito pesado no país para abalar a imagem do partido", disse o dirigente, para quem Jefferson está tão comprometido com as denúncias que recaem sobre ele no caso dos Correios que ele "vai atirar para tudo quanto é lado".
Terceiro vice-presidente do PT e pré-candidato à presidência da sigla pela Articulação de Esquerda (corrente interna do partido), Valter Pomar afirmou que o contexto é propício para que o governo mude sua política de alianças no Congresso. Ressaltou, porém, que a tarefa de ontem foi outra: "O foco da reunião foi defender o PT de ataques mentirosos --a acusação está desqualificada pela fonte [Roberto Jefferson]. Não está em questão a pessoa do Delúbio", declarou Pomar.
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