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07/06/2005
-
17h43
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) informou nesta terça-feira, por meio de nota à imprensa, que aceita o pedido de demissão do presidente e dos diretores do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). A vaga será ocupada por Marcos Lisboa, ex-diretor de Política Econômica do ministério.
Na nota, o ministro agradece a colaboração de todos, especialmente a do presidente da instituto, Luiz Appolonio Neto. Ele foi nomeado recentemente para o posto por indicação do Palocci.
O IRB, junto com os Correios, é um dos órgãos citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal.
"A aceitação do afastamento da diretoria do IRB não implica qualquer pré-julgamento em relação às denúncias veiculadas na imprensa. Trata-se de atitude de desprendimento da diretoria com vistas a permitir uma apuração mais rápida, isenta e de maior transparência junto à opinião pública", diz o ministro na nota.
Além de Neto, sobrinho do deputado federal Delfim Neto (PP-SP), ocupam a diretoria do IRB Murilo Goulart Barbosa Lima (Transportes e Riscos e Sinistros), Luiz Eduardo de Lucena (Riscos e Propriedade) e Alberto de Almeida Pais (Financeiro).
A decisão de afastar os diretores do IRB e dos Correios foi tomada hoje em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros Eunício Oliveira (Comunicações) e Palocci.
Ambos os órgãos são citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal. Gravação revelada pela revista "Veja" mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com empresários interessados em participar de uma licitação.
O funcionário dos Correios dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), que denunciou, em entrevista à Folha, um suposto esquema de pagamento de mesada de R$ 30 mil a deputados da base aliada em troca de apoio político.
No caso do IRB, reportagem da "Veja" afirma que Jefferson exigia, por meio da corretora Assurê, de um amigo, R$ 400 mil de Lídio Duarte, então presidente do IRB, indicado pelo PTB.
Segundo o ministro das Comunicações, o presidente Lula pediu aos ministros "uma solução definitiva para o IRB e para os Correios".
Deixaram os Correios o ex-deputado federal João Henrique de Almeida Sousa, do PMDB do Piauí, os diretores Carlos Eduardo Fioravanti da Costa, Eduardo Medeiros de Moraes, Ricardo Caddah, Maurício Coelho Madureira e Robinson Koury Viana da Silva. O outro diretor da estatal, Antonio Osório Menezes da Silva, já havia se afastado da diretoria logo após das primeiras denúncias de corrupção envolvendo a estatal.
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Palocci aceita demissão de diretores do Instituto de Resseguros
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Antonio Palocci (Fazenda) informou nesta terça-feira, por meio de nota à imprensa, que aceita o pedido de demissão do presidente e dos diretores do IRB (Instituto de Resseguros do Brasil). A vaga será ocupada por Marcos Lisboa, ex-diretor de Política Econômica do ministério.
Na nota, o ministro agradece a colaboração de todos, especialmente a do presidente da instituto, Luiz Appolonio Neto. Ele foi nomeado recentemente para o posto por indicação do Palocci.
O IRB, junto com os Correios, é um dos órgãos citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal.
"A aceitação do afastamento da diretoria do IRB não implica qualquer pré-julgamento em relação às denúncias veiculadas na imprensa. Trata-se de atitude de desprendimento da diretoria com vistas a permitir uma apuração mais rápida, isenta e de maior transparência junto à opinião pública", diz o ministro na nota.
Além de Neto, sobrinho do deputado federal Delfim Neto (PP-SP), ocupam a diretoria do IRB Murilo Goulart Barbosa Lima (Transportes e Riscos e Sinistros), Luiz Eduardo de Lucena (Riscos e Propriedade) e Alberto de Almeida Pais (Financeiro).
A decisão de afastar os diretores do IRB e dos Correios foi tomada hoje em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com os ministros Eunício Oliveira (Comunicações) e Palocci.
Ambos os órgãos são citados em denúncias recentes de corrupção no governo federal. Gravação revelada pela revista "Veja" mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com empresários interessados em participar de uma licitação.
O funcionário dos Correios dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ), que denunciou, em entrevista à Folha, um suposto esquema de pagamento de mesada de R$ 30 mil a deputados da base aliada em troca de apoio político.
No caso do IRB, reportagem da "Veja" afirma que Jefferson exigia, por meio da corretora Assurê, de um amigo, R$ 400 mil de Lídio Duarte, então presidente do IRB, indicado pelo PTB.
Segundo o ministro das Comunicações, o presidente Lula pediu aos ministros "uma solução definitiva para o IRB e para os Correios".
Deixaram os Correios o ex-deputado federal João Henrique de Almeida Sousa, do PMDB do Piauí, os diretores Carlos Eduardo Fioravanti da Costa, Eduardo Medeiros de Moraes, Ricardo Caddah, Maurício Coelho Madureira e Robinson Koury Viana da Silva. O outro diretor da estatal, Antonio Osório Menezes da Silva, já havia se afastado da diretoria logo após das primeiras denúncias de corrupção envolvendo a estatal.
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