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09/06/2005
-
20h12
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
Os empresários João Carlos Mancuso Vilela e Joel Santos Filho são os autores do vídeo que mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com interessados em participar de uma licitação na estatal. Os dois assumiram a autoria em depoimento dado hoje, em Curitiba (PR), à Polícia Federal, segundo informou o delegado Luiz Flávio Zampronha.
Os dois serão encaminhados para a Superintendência da PF em Brasília. Um novo depoimento deve ser dado amanhã.
De acordo com o delegado, a investigação não conseguiu definir ainda quem foi o mandante da gravação e se ela teve motivação comercial ou política.
Outras duas pessoas foram presas. O capitão aposentado da Polícia Militar de Minas Gerais José Santos Fortuna Neves, em Brasília, e Arlindo Molina, no Rio.
As quatro prisões são temporárias (cinco dias) e foram decretadas pela 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.
Fortuna prestou depoimento na manhã desta quinta-feira por cerca de quatro horas e negou qualquer envolvimento com a gravação.
Marinho, que foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção e fraude, dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ). Fortuna e Molina foram citados por Jefferson na defesa apresentada pelo deputado no mês passado no Congresso.
Segundo o advogado do capitão aposentado, Reginaldo Bacci, o acusado não conhece o deputado. 'Me parece que o deputado Jefferson, neste momento, está atirando para todos os lados', afirmou o advogado.
Já o delegado disse que 'há alguns fatos a serem esclarecidos'.
Apreensões
Além das prisões, a PF fez apreensões de computadores e documentos e colheu dois depoimentos. Um do filho de Fortuna, Marcelo Campos Neves, e outro de Cristiano Brandão, sócio de Marcelo na empresa Pactum.
Segundo o delegado, o depoimento de Cristiano é considerado muito importante para as investigações. Porém, o conteúdo das declarações não foi revelado.
Zampronha disse ainda que a PF fará uma acareação entre Marinho e Vilela e Santos Filho.
Fortuna
De acordo com Bacci, Fortuna acredita ter sido citado porque superestimaram sua influência nos Correios. O advogado disse que seu cliente apresentou o nome de Marinho para o deputado José Chaves (PTB-PE). Ele pediu a nomeação de Marinho para a chefia do Departamento de Contratação e Administração de Materiais dos Correios.
Questionado sobre direcionamento de licitações, Fortuna afirmou, segundo seu advogado, que isso até poderia acontecer, mas que não tem provas ou nomes.
Fortuna trabalha na Atrium --um dos sócios da empresa é seu filho--, que participa de licitações. Segundo Bacci, a Atrium não ganhou nenhuma das licitações que concorreu nos Correios mesmo tendo oferecido "o melhor serviço e o menor preço".
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da Folha Online, em Brasília
Os empresários João Carlos Mancuso Vilela e Joel Santos Filho são os autores do vídeo que mostra o executivo Maurício Marinho, dos Correios, negociando propina com interessados em participar de uma licitação na estatal. Os dois assumiram a autoria em depoimento dado hoje, em Curitiba (PR), à Polícia Federal, segundo informou o delegado Luiz Flávio Zampronha.
Os dois serão encaminhados para a Superintendência da PF em Brasília. Um novo depoimento deve ser dado amanhã.
De acordo com o delegado, a investigação não conseguiu definir ainda quem foi o mandante da gravação e se ela teve motivação comercial ou política.
Outras duas pessoas foram presas. O capitão aposentado da Polícia Militar de Minas Gerais José Santos Fortuna Neves, em Brasília, e Arlindo Molina, no Rio.
As quatro prisões são temporárias (cinco dias) e foram decretadas pela 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília.
Fortuna prestou depoimento na manhã desta quinta-feira por cerca de quatro horas e negou qualquer envolvimento com a gravação.
Marinho, que foi indiciado pela Polícia Federal por corrupção e fraude, dizia ter o respaldo do presidente do PTB, Roberto Jefferson (RJ). Fortuna e Molina foram citados por Jefferson na defesa apresentada pelo deputado no mês passado no Congresso.
Segundo o advogado do capitão aposentado, Reginaldo Bacci, o acusado não conhece o deputado. 'Me parece que o deputado Jefferson, neste momento, está atirando para todos os lados', afirmou o advogado.
Já o delegado disse que 'há alguns fatos a serem esclarecidos'.
Apreensões
Além das prisões, a PF fez apreensões de computadores e documentos e colheu dois depoimentos. Um do filho de Fortuna, Marcelo Campos Neves, e outro de Cristiano Brandão, sócio de Marcelo na empresa Pactum.
Segundo o delegado, o depoimento de Cristiano é considerado muito importante para as investigações. Porém, o conteúdo das declarações não foi revelado.
Zampronha disse ainda que a PF fará uma acareação entre Marinho e Vilela e Santos Filho.
Fortuna
De acordo com Bacci, Fortuna acredita ter sido citado porque superestimaram sua influência nos Correios. O advogado disse que seu cliente apresentou o nome de Marinho para o deputado José Chaves (PTB-PE). Ele pediu a nomeação de Marinho para a chefia do Departamento de Contratação e Administração de Materiais dos Correios.
Questionado sobre direcionamento de licitações, Fortuna afirmou, segundo seu advogado, que isso até poderia acontecer, mas que não tem provas ou nomes.
Fortuna trabalha na Atrium --um dos sócios da empresa é seu filho--, que participa de licitações. Segundo Bacci, a Atrium não ganhou nenhuma das licitações que concorreu nos Correios mesmo tendo oferecido "o melhor serviço e o menor preço".
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