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23/06/2005 - 11h15

Oposição quer que publicitário deponha na CPI dos Correios

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Em mais um dia de discussões na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, a oposição tentou, mas não conseguiu fazer nesta quinta-feira com que seja convocado para depor o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza.

O publicitário é acusado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de transportar o dinheiro que era distribuído pelo PT aos partidos políticos como ajuda de campanha e também ser o responsável pelo dinheiro pago para as mesadas dos deputados, o chamado "mensalão". Marcos Valério também teria administrado a conta de propaganda dos Correios.

Em entrevista à imprensa, a ex-secretária do publicitário, Fernanda Karina Somaggio, afirmou que seu ex-chefe carregava malas de dinheiro quando se encontrava com integrantes do PT, como o tesoureiro do partido, Delúbio Soares. Depois, em depoimento à Polícia Federal, negou as afirmações, mas recentemente, em nova entrevista, disse que mentiu porque teria sido ameaçada de morte e reafirmou as primeiras declarações.

A convocação foi defendida pela senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) e pelo deputado Eduardo Paes (PSDB-RJ). Já o deputado Maurício Rands (PT-PE) manifestou-se contrário à convocação e a senadora Ideli Salvatti (PT-SC) pediu uma "agenda realista" para os trabalhos da CPI. Heloísa Helena apelou para que seu requerimento fosse aceito e afirmou que cabe à CPI comprovar ou não a inocência de Marcos Valério.

O presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), rejeitou os pedidos da oposição e nem mesmo colocou o requerimento em votação. Segundo ele, não há por que "atropelar os trabalhos da comissão". Delcídio lembrou que já foram aprovados 110 requerimentos e que para as próximas oitivas estão previstos os depoimentos dos ex-diretores dos Correios e depois o do próprio Roberto Jefferson.

Hoje, estão depondo perante a CPI os empresários Arthur Wascheck Neto e Antonio Velasco, acusados de serem os mandantes da gravação que denuncia o suposto esquema de corrupção na estatal.

Na gravação, o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material Maurício Marinho é flagrado recebendo propina de R$ 3 mil. Na fita, Marinho diz que trabalhava em conjunto com Roberto Jefferson (PTB-RJ) e com o ex-diretor de Administração dos Correios, Antônio Osório Batista.

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