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27/06/2005 - 10h15

Conselho de Ética vai ouvir ex-secretária de Valério

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da Folha Online

O Conselho de Ética da Câmara vai ouvir nesta terça-feira Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o mensageiro do "mensalão" --dinheiro supostamente pago a deputados do PL e do PP em troca de apoio ao governo federal.

Na quarta-feira, às 14h30, será a vez do deputado Pedro Henry (PP-MT) ser ouvido. Os deputados José Janene (PR) e José Múcio Monteiro (PE) devem ser ouvidos pelo conselho no dia seguinte.

Henry e Janene são apontados por Jefferson como envolvidos no esquema do "mensalão".

Quem já foi ouvido

No processo por quebra de decoro parlamentar contra Roberto Jefferson, aberto a pedido do PL, o Conselho de Ética já ouviu quatro pessoas citadas pelo deputado do PTB.

O deputado Miro Teixeira (PT-RJ) confirmou a versão de Jefferson de que os dois conversaram sobre o suposto pagamento de mesadas a parlamentares. Já o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) relatou conversa em que a deputada licenciada Raquel Teixeira (PSDB-GO) revelou ter recebido proposta em dinheiro do líder do PL, Sandro Mabel, para trocar de partido.

No dia seguinte, confirmou a informação ao conselho. Sandro Mabel, contudo, negou a versão da deputada e disse que a proposta de troca de partido não incluiu oferta financeira.

O presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), não descarta a possibilidade de realizar acareações entre as testemunhas.

Opiniões divergem

Para a deputada Angela Guadagnin (PT-SP), integrante do conselho, os depoimentos tomados até agora não confirmam as denúncias de Roberto Jefferson. "Nenhum dos deputados que prestaram depoimento confirmou a existência do 'mensalão', todos disseram que apenas ouviram falar do assunto."

Segundo o deputado Moroni Torgan (PFL-CE), que também participa do conselho, as testemunhas foram convincentes, mas deixaram pontos a serem esclarecidos. "Todos deixaram algum tipo de lacuna a ser respondida, como o motivo pelo qual não depuseram antes", disse. "Esses fatos devem ser explicados antes que possamos formar uma convicção."

Para Torgan, as provas testemunhais não serão suficientes para concluir se Roberto Jefferson falou ou não a verdade. Ele espera que as comissões parlamentares de inquérito que investigam as denúncias ajudem o Conselho de Ética. "Esperamos que as CPIs nos ajudem na colheita de provas documentais, já que o conselho não tem o poder de quebrar sigilos. Essas provas é que darão aos deputados uma visão mais segura de onde está a verdade."

Com Agência Câmara

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