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28/06/2005
-
09h30
ANDRÉA MICHAEL
LUIZ FRANCISCO
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal vai ouvir o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e os funcionários da DNA e SMPB que seriam responsáveis por saques de dinheiro feitos diretamente no caixa de uma agência do Banco Rural. Os saques somam R$ 20,9 milhões.
O registro das retiradas em dinheiro consta de relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiros) publicado na última edição da revista "IstoÉ" e que estaria sob análise do Ministério Público Federal de São Paulo e do Ministério Público Estadual de Minas Gerais.
Segundo a revista, Geiza Dias dos Santos, funcionária da SMPB, e Alexandre Vasconcelos Castro seriam dois dos responsáveis pelos saques, realizados entre julho de 2003 e maio de 2005.
Outra linha da investigação é cruzar dados sobre reuniões em hotéis em Brasília que constam do depoimento e da agenda de Fernanda Karina Somaggio. Ex-secretária de Marcos Valério, ela disse à PF que o dinheiro sacado em Belo Horizonte seguiria para a capital, onde seria distribuído.
Ontem a PF requisitou ao Coaf o relatório sobre os saques em dinheiro e pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Joel dos Santos, Arthur Washeck, Arlindo Molina, José Fortuna Neves e Jairo Martins. Pelo que se conseguiu provar até o momento, com exceção de Fortuna, eles participaram da gravação e da circulação da fita de vídeo na qual o servidor dos Correios Maurício Marinho aparece negociando propina.
Fita dos Correios
A mais nova descoberta da PF é que a cópia da gravação que foi encaminhada à sede dos Correios no dia 5 de maio --nove dias antes de seu conteúdo se tornar público na revista "Veja"-- teve como contratante do serviço de entrega o Instituto Fundação Getúlio Vargas, criado pelo PTB.
O deputado Marcondes Gadelha (PTB-PB), presidente do instituto, disse desconhecer a contratação de um funcionário seu para encaminhar aos Correios cópia da fita. O empresário Arthur Washeck afirma ser ele o responsável por enviar a gravação, o que teria ocorrido no dia 4 de maio. A PF, no entanto, só localizou nos registros uma entrega no dia seguinte.
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PF vai ouvir publicitário sobre saques
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LUIZ FRANCISCO
da Folha de S.Paulo
A Polícia Federal vai ouvir o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza e os funcionários da DNA e SMPB que seriam responsáveis por saques de dinheiro feitos diretamente no caixa de uma agência do Banco Rural. Os saques somam R$ 20,9 milhões.
O registro das retiradas em dinheiro consta de relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiros) publicado na última edição da revista "IstoÉ" e que estaria sob análise do Ministério Público Federal de São Paulo e do Ministério Público Estadual de Minas Gerais.
Segundo a revista, Geiza Dias dos Santos, funcionária da SMPB, e Alexandre Vasconcelos Castro seriam dois dos responsáveis pelos saques, realizados entre julho de 2003 e maio de 2005.
Outra linha da investigação é cruzar dados sobre reuniões em hotéis em Brasília que constam do depoimento e da agenda de Fernanda Karina Somaggio. Ex-secretária de Marcos Valério, ela disse à PF que o dinheiro sacado em Belo Horizonte seguiria para a capital, onde seria distribuído.
Ontem a PF requisitou ao Coaf o relatório sobre os saques em dinheiro e pediu à Justiça a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Joel dos Santos, Arthur Washeck, Arlindo Molina, José Fortuna Neves e Jairo Martins. Pelo que se conseguiu provar até o momento, com exceção de Fortuna, eles participaram da gravação e da circulação da fita de vídeo na qual o servidor dos Correios Maurício Marinho aparece negociando propina.
Fita dos Correios
A mais nova descoberta da PF é que a cópia da gravação que foi encaminhada à sede dos Correios no dia 5 de maio --nove dias antes de seu conteúdo se tornar público na revista "Veja"-- teve como contratante do serviço de entrega o Instituto Fundação Getúlio Vargas, criado pelo PTB.
O deputado Marcondes Gadelha (PTB-PB), presidente do instituto, disse desconhecer a contratação de um funcionário seu para encaminhar aos Correios cópia da fita. O empresário Arthur Washeck afirma ser ele o responsável por enviar a gravação, o que teria ocorrido no dia 4 de maio. A PF, no entanto, só localizou nos registros uma entrega no dia seguinte.
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