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29/06/2005
-
13h19
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
Em uma manobra do PFL e do PSDB a oposição desfez um acordo firmado na semana passada e instalou a CPI dos Bingos no Senado, criada no ano passado para apurar principalmente o caso Waldomiro Diniz --ex-assessor da Casa Civil, flagrado pedindo propina para facilitar uma negociação entre uma empresa de tecnologia e a Caixa Econômica.
O presidente, escolhido por unanimidade já que nenhum senador petista estava presente, é Efraim Morais (PFL-PB). O vice-presidente será Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e o relator, ainda não escolhido, deverá ser governista.
A base de apoio tinha avisado à oposição, em reunião na presidência do Senado, que não daria quorum à reunião para instalar a CPI. Pela estratégia dos governistas, a oposição não teria número de senadores suficiente para iniciar a sessão. No entanto, dois senadores governistas --Magno Malta (PL-ES) e Cavalcanti --compareceram e ajudaram a oposição.
Logo depois de instalada a comissão e eleita a presidência, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), telefonou para o líderes do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e do PFL, José Agripino (RN), para reclamar da manobra. Em resposta a Mercadante, Agripino respondeu: "Se vocês não controlam a base, não seremos nós que vamos controlar."
Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que o presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL), indicasse os integrantes da comissão, mesmo depois de os líderes governistas terem se recusado a escolher seus membros ainda no ano passado, quando a CPI foi criada.
A decisão do Supremo é o resultado de ações movidas pelo PMDB, pelo PDT e pelo PFL e refere-se à gestão do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP). À época, Sarney recusou-se a indicar os membros depois que os líderes governistas, em manobra para impedir a investigação no Congresso Nacional, não definiram os integrantes da comissão
Acordo
Logo depois da decisão do Supremo os líderes se reuniram e consideram que seria melhor instalar a CPI dos Bingos posteriormente, já que três comissões mistas estão em funcionamento.
O acordo perdeu força depois que Calheiros negou o acerto firmado em sua sala para que os trabalhos não começassem imediatamente.
O PFL, que tinha participado do acordo, mudou de posição e recusou-se a esperar até o final do ano para começar as investigações.
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da Folha Online, em Brasília
Em uma manobra do PFL e do PSDB a oposição desfez um acordo firmado na semana passada e instalou a CPI dos Bingos no Senado, criada no ano passado para apurar principalmente o caso Waldomiro Diniz --ex-assessor da Casa Civil, flagrado pedindo propina para facilitar uma negociação entre uma empresa de tecnologia e a Caixa Econômica.
O presidente, escolhido por unanimidade já que nenhum senador petista estava presente, é Efraim Morais (PFL-PB). O vice-presidente será Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) e o relator, ainda não escolhido, deverá ser governista.
A base de apoio tinha avisado à oposição, em reunião na presidência do Senado, que não daria quorum à reunião para instalar a CPI. Pela estratégia dos governistas, a oposição não teria número de senadores suficiente para iniciar a sessão. No entanto, dois senadores governistas --Magno Malta (PL-ES) e Cavalcanti --compareceram e ajudaram a oposição.
Logo depois de instalada a comissão e eleita a presidência, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), telefonou para o líderes do PSDB, Arthur Virgílio (AM), e do PFL, José Agripino (RN), para reclamar da manobra. Em resposta a Mercadante, Agripino respondeu: "Se vocês não controlam a base, não seremos nós que vamos controlar."
Na semana passada, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que o presidente do Senado, Renan Calheiro (PMDB-AL), indicasse os integrantes da comissão, mesmo depois de os líderes governistas terem se recusado a escolher seus membros ainda no ano passado, quando a CPI foi criada.
A decisão do Supremo é o resultado de ações movidas pelo PMDB, pelo PDT e pelo PFL e refere-se à gestão do ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP). À época, Sarney recusou-se a indicar os membros depois que os líderes governistas, em manobra para impedir a investigação no Congresso Nacional, não definiram os integrantes da comissão
Acordo
Logo depois da decisão do Supremo os líderes se reuniram e consideram que seria melhor instalar a CPI dos Bingos posteriormente, já que três comissões mistas estão em funcionamento.
O acordo perdeu força depois que Calheiros negou o acerto firmado em sua sala para que os trabalhos não começassem imediatamente.
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