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29/06/2005 - 08h35

CPI ouve ex-diretores dos Correios

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da Folha Online

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios ouve nesta quarta-feira os depoimentos de três ex-diretores da estatal: Antônio Osório Batista (Administração), Maurício Madureira (Operações) e Eduardo Medeiros (Tecnologia).

Os ex-diretores foram exonerados após a explosão do escândalo dos Correios, com a divulgação de uma fita em que o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho aparece aceitando propina e citando o nome do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como um dos "avalistas" do esquema.

Osório Batista é um dos citados na gravação de Marinho. Ele é apontado como um dos "prepostos" do PTB nos Correios, encarregados de arrecadar recursos para o partido como resultado de negócios firmados pela estatal.

Medeiros, por sua vez, é apontado como um dos envolvidos num esquema de licitações irregulares dos Correios. O ex-diretor foi citado pelo líder do governo no Congresso, o senador Fernando Bezerra (PTB-RN), numa denúncia a respeito de suposta contratação do setor de tecnologia que beneficiaria a empresa NovaData.

Madureira também é protagonista de outras denúncias de favorecimento na licitação de contratos para os Correios. Auditoria técnica do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou indícios de direcionamento num edital para a exploração de duas das 11 linhas do correio aéreo noturno, licitadas pela diretoria de operações, à época (outubro de 2004) chefiadas pelo ex-diretor.

O TCU, no entanto, rejeitou o parecer da auditoria e aprovou o contrato.

A CPI também vota hoje todos os requerimentos para quebras dos sigilos fiscais e telefônicos, além dos pedidos para a convocação de novas testemunhas. O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, o empresário e sócio de agência SMPB e DNA, Marcos Valério de Souza, e a ex-secretária Fernanda Karina Somaggio são algumas das pessoas das quais a CPI pretende quebrar os sigilos.

Gravação

Ontem, a CPI ouviu o Arlindo Molina e Joel Santos Filho, envolvidos na gravação. O ex-funcionário da Abin (Agência Brasileira de Inteligência)Jairo Souza Martins, que também iria depor, faltou à sessão justificando que ficou sabendo da convocação pela imprensa.

Marinho também já prestou depoimento e negou que os R$ 3.000 que ele recebeu era pagamento de propina.

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