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01/07/2005 - 12h53

Congresso vive ressaca física e moral após depoimento de Jefferson

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O depoimento do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios provocou nesta sexta-feira uma ressaca física e moral em Brasília.

Como o depoimento se estendeu até quase as 3h de hoje, os trabalhos no Congresso começaram de forma lenta. De acordo com a Comunicação do Senado, a transmissão do depoimento de Jefferson registrou um dos mais altos índices de audiência da TV Senado.

As declarações do deputado abalaram a confiança dos integrantes da base aliada de que a CPI poderia ter algum controle. Para a oposição, Roberto Jefferson apenas ratificou o que já tinha dito e ampliou o leque de denúncias.

Mesmo quem não faz parte de partidos de oposição, como o senador Pedro Simon (PMDB-RS), avalia que Roberto Jefferson conseguiu abalar ainda mais a credibilidade de todas as instituições brasileiras.

Segundo Simon, a sociedade não podia imaginar que o atual governo seria atingido, justamente, em seu aspecto ético. "Mas é isso que está acontecendo dia após dia", afirmou em discurso na tribuna do Senado.

Simon afirmou que sua primeira "mágoa" contra o governo foi quando este formou um ministério demasiadamente amplo, com pessoas que haviam perdido as eleições e que, a seu ver, não atendiam a requisitos de competência.

O senador pediu um "choque ético e de moralidade" ao governo Lula. Simon citou como exemplo da falta de rumo do governo as irregularidades supostamente ocorridas em Furnas, denunciadas recentemente por Roberto Jefferson, e a imediata demissão de diretores da estatal pelo governo durante as investigações.

"As coisas que ele fala estão sendo confirmadas", disse o senador com relação às denúncias do deputado do PTB. Segundo Simon, o PT errou ao costurar suas alianças políticas e continua com dificuldades ao fechar alianças com o PMDB no momento. Sobre o apoio prestado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, ao governo, ele disse: "não me parece que seja a grande figura de um entendimento para o governo".

Já o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio (AM), prevê um cenário de maior deterioração da governabilidade, após as novas declarações de Jefferson. "O governo tem contra si o relógio do tempo político. Não há mais espaço para mentiras, deboches e revanchismo cretino."

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