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01/07/2005
-
15h41
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), avaliou nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva à imprensa, que "não há como abafar nada" na CPI. Para o senador, chamar a comissão de "chapa branca" é "démodé".
Apesar da expectativa do Congresso entrar em recesso já a partir da quarta-feira, Delcídio confirmou que está mantida a agenda da CPI para a próxima semana e informou que, na segunda-feira, haverá uma reunião sobre os próximos passos da comissão.
Delcídio confirmou ainda que está mantido, para quarta-feira, o depoimento do publicitário Marcos Valério de Souza, acusado por Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador financeiro do esquema do "mensalão". Após o depoimento de Valério, será ouvida a sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio, que já depôs tanto na Corregedoria, como no Conselho de Ética da Câmara.
O presidente da CPI ressaltou que a presença de Marcos Valério na Comissão nada tem a ver com o esquema do "mensalão", mas sim com o envolvimento do publicitário com os contratos de prestação de serviços de publicidade para os Correios.
Segundo o senador, não há previsão de novos depoimentos ou possíveis acareações. Ontem, a CPI ouviu por mais de nove horas o depoimento de Roberto Jefferson, acusado de cobrar mesada em nome do seu partido, das pessoas indicadas pelo PTB para cargos de confiança nos Correios.
Nesta semana também foram ouvidos os empresários responsáveis pelas gravações que flagraram o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho aceitando R$ 3 mil. Na fita, Marinho alega ser ligado à cúpula petebista. Foram ouvidos ainda três ex-diretores da estatal.
Delcídio informou que a CPI deverá agora analisar as notas taquigráficas, as gravações e os documentos recebidos para decidir que caminho as investigações deverá seguir.
"Vamos trabalhar com isenção, bom senso e equilíbrio. Estamos seguindo o encaminhamento natural de investigação, ouvindo pessoas que tenham envolvimento direto com os Correios. Se começarmos a dar tiro para todo lado, acabamos não investigando absolutamente nada."
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Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Delcídio diz que "não há como abafar nada" na CPI dos Correios
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) mista dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), avaliou nesta sexta-feira, durante entrevista coletiva à imprensa, que "não há como abafar nada" na CPI. Para o senador, chamar a comissão de "chapa branca" é "démodé".
Apesar da expectativa do Congresso entrar em recesso já a partir da quarta-feira, Delcídio confirmou que está mantida a agenda da CPI para a próxima semana e informou que, na segunda-feira, haverá uma reunião sobre os próximos passos da comissão.
Delcídio confirmou ainda que está mantido, para quarta-feira, o depoimento do publicitário Marcos Valério de Souza, acusado por Roberto Jefferson (PTB-RJ) de ser o operador financeiro do esquema do "mensalão". Após o depoimento de Valério, será ouvida a sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio, que já depôs tanto na Corregedoria, como no Conselho de Ética da Câmara.
O presidente da CPI ressaltou que a presença de Marcos Valério na Comissão nada tem a ver com o esquema do "mensalão", mas sim com o envolvimento do publicitário com os contratos de prestação de serviços de publicidade para os Correios.
Segundo o senador, não há previsão de novos depoimentos ou possíveis acareações. Ontem, a CPI ouviu por mais de nove horas o depoimento de Roberto Jefferson, acusado de cobrar mesada em nome do seu partido, das pessoas indicadas pelo PTB para cargos de confiança nos Correios.
Nesta semana também foram ouvidos os empresários responsáveis pelas gravações que flagraram o ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho aceitando R$ 3 mil. Na fita, Marinho alega ser ligado à cúpula petebista. Foram ouvidos ainda três ex-diretores da estatal.
Delcídio informou que a CPI deverá agora analisar as notas taquigráficas, as gravações e os documentos recebidos para decidir que caminho as investigações deverá seguir.
"Vamos trabalhar com isenção, bom senso e equilíbrio. Estamos seguindo o encaminhamento natural de investigação, ouvindo pessoas que tenham envolvimento direto com os Correios. Se começarmos a dar tiro para todo lado, acabamos não investigando absolutamente nada."
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