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02/07/2005
-
17h52
da Folha Online
O tesoureiro Delúbio Soares confirmou que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foi avalista de empréstimo de R$ 2,4 milhões feito pelo partido junto ao BMG em fevereiro de 2003, conforme revelado em reportagem da revista "Veja".
"Como nosso patrimônio é notoriamente insuficiente para garantir uma dívida desse valor, o BMG exigiu aval de pessoa com patrimônio compatível, tendo Marcos Valério Fernandes de Souza concordado em nos dar essa garantia", diz nota divulgada no final da tarde deste sábado por Delúbio.
Soares afirmou que os juros de R$ 349,9 mil foram pagos pelo publicitário, que se tornou credor junto ao PT.
O tesoureiro do PT disse que tinha dado ao presidente do partido, José Genoino, apenas informações referentes às operações celebradas com o Banco Rural. Na reportagem de "Veja", Genoino nega que Valério tivesse sido avalista em operações bancárias.
De acordo com a reportagem da revista, que usa documentos do BC (Banco Central), Valério mentiu em depoimento à Polícia Federal sobre suas relações com o partido.
Valério é também o principal suspeito de operar uma enorme de rede de corrupção política, o chamado "mensalão" --pagamento de mesadas a deputados federais dispostos a "ajudar" o governo Luiz Inácio Lula da Silva a aprovar seus projetos na Câmara federal.
Em entrevista à rádio CBN, neste sábado, Genoino negou que a matéria da "Veja" seja de fato "uma denúncia".
"Quero deixar claro que essas transações fazem parte das regras comerciais. Esse empréstimo existe e foi feito de acordo com a legislação", disse.
Em nota divulgada na tarde deste sábado, Valério afirma que "não fará comentários por considerar as informações fruto de violação de sigilo bancário".
Origens do escândalo
A crise política e de credibilidade que atinge o governo federal se agravou no dia 6 de junho, quando a Folha de S.Paulo publicou uma entrevista exclusiva com o deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson. Na entrevista ele denunciou que deputados recebiam cerca de R$ 30 mil por mês para aprovar projetos de interesse do governo. Disse ainda ter denunciado o caso ao presidente Lula, que teria chorado ao saber.
Vale lembrar que Roberto Jefferson também é suspeito de comandar um esquema de corrupção nos Correios. Na semana seguinte à primeira entrevista (dia 6 de junho), em nova declaração exclusiva à editora do Painel da Folha, a jornalista Renata Lo Prete, o petebista declarou que o dinheiro do "mensalão" vinha de estatais de empresas privadas e que chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído aos "aliados".
Quem comandava o pagamento da mesada, disse, eram o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com a ajuda dos "operadores" Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PR). Todos sempre negaram isso.
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PT confirma que Marcos Valério era avalista de empréstimo
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O tesoureiro Delúbio Soares confirmou que o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foi avalista de empréstimo de R$ 2,4 milhões feito pelo partido junto ao BMG em fevereiro de 2003, conforme revelado em reportagem da revista "Veja".
"Como nosso patrimônio é notoriamente insuficiente para garantir uma dívida desse valor, o BMG exigiu aval de pessoa com patrimônio compatível, tendo Marcos Valério Fernandes de Souza concordado em nos dar essa garantia", diz nota divulgada no final da tarde deste sábado por Delúbio.
Folha Imagem |
Marcos Valério seria avalista e teria pago dívidas do PT |
O tesoureiro do PT disse que tinha dado ao presidente do partido, José Genoino, apenas informações referentes às operações celebradas com o Banco Rural. Na reportagem de "Veja", Genoino nega que Valério tivesse sido avalista em operações bancárias.
De acordo com a reportagem da revista, que usa documentos do BC (Banco Central), Valério mentiu em depoimento à Polícia Federal sobre suas relações com o partido.
Valério é também o principal suspeito de operar uma enorme de rede de corrupção política, o chamado "mensalão" --pagamento de mesadas a deputados federais dispostos a "ajudar" o governo Luiz Inácio Lula da Silva a aprovar seus projetos na Câmara federal.
Em entrevista à rádio CBN, neste sábado, Genoino negou que a matéria da "Veja" seja de fato "uma denúncia".
"Quero deixar claro que essas transações fazem parte das regras comerciais. Esse empréstimo existe e foi feito de acordo com a legislação", disse.
Em nota divulgada na tarde deste sábado, Valério afirma que "não fará comentários por considerar as informações fruto de violação de sigilo bancário".
Origens do escândalo
A crise política e de credibilidade que atinge o governo federal se agravou no dia 6 de junho, quando a Folha de S.Paulo publicou uma entrevista exclusiva com o deputado e presidente do PTB, Roberto Jefferson. Na entrevista ele denunciou que deputados recebiam cerca de R$ 30 mil por mês para aprovar projetos de interesse do governo. Disse ainda ter denunciado o caso ao presidente Lula, que teria chorado ao saber.
Vale lembrar que Roberto Jefferson também é suspeito de comandar um esquema de corrupção nos Correios. Na semana seguinte à primeira entrevista (dia 6 de junho), em nova declaração exclusiva à editora do Painel da Folha, a jornalista Renata Lo Prete, o petebista declarou que o dinheiro do "mensalão" vinha de estatais de empresas privadas e que chegava a Brasília "em malas" para ser distribuído aos "aliados".
Quem comandava o pagamento da mesada, disse, eram o tesoureiro do PT, Delúbio Soares, com a ajuda dos "operadores" Marcos Valério e o líder do PP na Câmara, José Janene (PR). Todos sempre negaram isso.
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