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04/07/2005
-
19h18
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A liderança do PFL divulgou uma lista de saques das empresas do publicitário Marcos Valério, avalista do PT, no Banco Rural que coincidiriam com votações de projetos considerados importantes para o governo.
De acordo com os dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), no dia e na semana seguinte à votação da reforma da Previdência, os saques de dinheiro somaram R$ 318 mil. No dia em que o texto da reforma tributária foi levado a plenário no primeiro turno, R$ 100 mil foram sacados e na semana seguinte, mais R$ 1,2 milhão.
No entanto, o levantamento, conforme admitiu o líder do PFL no Senado, José Agripino (PFL-RN), não passa de uma "ilação", de uma "coincidência".
Vários saques não coincidem com qualquer votação. Há retiradas de recursos que juntas somam, por exemplo, R$ 5 milhões e que não têm relação com nenhuma votação importante em plenário.
Outros saques batem com datas em que projetos nada polêmicos eram votados. Um exemplo aconteceu à época da votação do estatuto do idoso. No dia da votação desse projeto, a SMPB, empresa de Valério, que já teve os sigilos bancário, fiscal e telefônicos quebrados, sacou R$ 250 mil. O problema é que a votação foi simbólica e o tema era consensual entre governo e oposição.
Na data em que o estatuto do desarmamento foi a voto, a retirada chegou a R$ 200 mil. No dia anterior, R$ 300 mil saíram da conta da empresa. A votação desse tema foi polêmica não pela relação entre governistas e oposicionistas, mas pelo confronto ideológico entre parlamentares adeptos e contrários ao desarmamento.
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PFL cruza saques de empresa com Valério e data de votações no Congresso
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da Folha Online, em Brasília
A liderança do PFL divulgou uma lista de saques das empresas do publicitário Marcos Valério, avalista do PT, no Banco Rural que coincidiriam com votações de projetos considerados importantes para o governo.
De acordo com os dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), no dia e na semana seguinte à votação da reforma da Previdência, os saques de dinheiro somaram R$ 318 mil. No dia em que o texto da reforma tributária foi levado a plenário no primeiro turno, R$ 100 mil foram sacados e na semana seguinte, mais R$ 1,2 milhão.
No entanto, o levantamento, conforme admitiu o líder do PFL no Senado, José Agripino (PFL-RN), não passa de uma "ilação", de uma "coincidência".
Vários saques não coincidem com qualquer votação. Há retiradas de recursos que juntas somam, por exemplo, R$ 5 milhões e que não têm relação com nenhuma votação importante em plenário.
Outros saques batem com datas em que projetos nada polêmicos eram votados. Um exemplo aconteceu à época da votação do estatuto do idoso. No dia da votação desse projeto, a SMPB, empresa de Valério, que já teve os sigilos bancário, fiscal e telefônicos quebrados, sacou R$ 250 mil. O problema é que a votação foi simbólica e o tema era consensual entre governo e oposição.
Na data em que o estatuto do desarmamento foi a voto, a retirada chegou a R$ 200 mil. No dia anterior, R$ 300 mil saíram da conta da empresa. A votação desse tema foi polêmica não pela relação entre governistas e oposicionistas, mas pelo confronto ideológico entre parlamentares adeptos e contrários ao desarmamento.
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