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08/07/2005
-
18h30
PATRÍCIA ZIMMERMANN
ANA PAULA RIBEIRO
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje uma crítica direta ao racha do PMDB no apoio ao seu governo. Ao dar posse aos três novos ministros do partido, o presidente disse em tom irônico que o PMDB estaria conseguindo "a proeza" de ter tantas tendências quanto o seu partido, o PT, historicamente conhecido como um partido de múltiplas facções.
"O PMDB é um partido grande, um partido importante no Brasil, mas que está conseguindo a proeza de ter tantas tendências quanto o meu PT", disse Lula.
O presidente deixou claro que os novos ministros Hélio Costa (Comunicações), Saraiva Felipe (Saúde) e Silas Rondeau (Minas e Energia) terão a missão de tentar unir o partido.
"Você [Saraiva] tem a tarefa mais importante ainda que é ajudar a dar uma ordenada no nosso querido MDB", disse Lula.
Ao ministro da Saúde, que representa a Câmara dos Deputados, onde há mais resistência no apoio do partido ao governo, o presidente foi ainda mais enfático, sugerindo que ele dê "uma ordenada" no PMDB.
No mesmo dia em que Lula confirmou oficialmente os nomes dos três novos representantes do partido no primeiro escalão do governo, a ala oposicionista do PMDB divulgou nota ameaçando desligar da legenda os que tivessem cargos no governo.
Tratando os ex-ministros e os novos titulares das Comunicações, Saúde e Minas e Energia como "companheiros", Lula agradeceu Eunício Oliveira, Humberto Costa e Maurício Tolmasquim pelo trabalho até agora no governo e desejou sorte a Hélio Costa, Saraiva Felipe e Silas Rondeau.
Resposta
Como um dos mais novos integrantes do governo, o ministro da Saúde, Saraiva Felipe adotou um discurso governista.
"Todo mundo é a favor da governabilidade, mas sem assumir responsabilidade de governo e sem garantir apoio nos painéis do Senado e da Câmara, essa governabilidade é abstrata e vazia. Eu vou trabalhar para que ela seja efetiva", disse.
Sobre a nota dos governadores e da ala oposicionista do partido, ele disse que nem todos têm aquela "posição tão veemente" de desligar do partido os integrantes do governo.
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ANA PAULA RIBEIRO
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje uma crítica direta ao racha do PMDB no apoio ao seu governo. Ao dar posse aos três novos ministros do partido, o presidente disse em tom irônico que o PMDB estaria conseguindo "a proeza" de ter tantas tendências quanto o seu partido, o PT, historicamente conhecido como um partido de múltiplas facções.
"O PMDB é um partido grande, um partido importante no Brasil, mas que está conseguindo a proeza de ter tantas tendências quanto o meu PT", disse Lula.
O presidente deixou claro que os novos ministros Hélio Costa (Comunicações), Saraiva Felipe (Saúde) e Silas Rondeau (Minas e Energia) terão a missão de tentar unir o partido.
"Você [Saraiva] tem a tarefa mais importante ainda que é ajudar a dar uma ordenada no nosso querido MDB", disse Lula.
Ao ministro da Saúde, que representa a Câmara dos Deputados, onde há mais resistência no apoio do partido ao governo, o presidente foi ainda mais enfático, sugerindo que ele dê "uma ordenada" no PMDB.
No mesmo dia em que Lula confirmou oficialmente os nomes dos três novos representantes do partido no primeiro escalão do governo, a ala oposicionista do PMDB divulgou nota ameaçando desligar da legenda os que tivessem cargos no governo.
Tratando os ex-ministros e os novos titulares das Comunicações, Saúde e Minas e Energia como "companheiros", Lula agradeceu Eunício Oliveira, Humberto Costa e Maurício Tolmasquim pelo trabalho até agora no governo e desejou sorte a Hélio Costa, Saraiva Felipe e Silas Rondeau.
Resposta
Como um dos mais novos integrantes do governo, o ministro da Saúde, Saraiva Felipe adotou um discurso governista.
"Todo mundo é a favor da governabilidade, mas sem assumir responsabilidade de governo e sem garantir apoio nos painéis do Senado e da Câmara, essa governabilidade é abstrata e vazia. Eu vou trabalhar para que ela seja efetiva", disse.
Sobre a nota dos governadores e da ala oposicionista do partido, ele disse que nem todos têm aquela "posição tão veemente" de desligar do partido os integrantes do governo.
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