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12/07/2005 - 14h46

Gushiken perde status de ministro e Casa Civil absorve Secom

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou por preservar um desgastado Luiz Gushiken no governo mas não poupou um de seus principais interlocutores de uma certa perda de poder. Com a nova reforma ministerial, a Secom (Secretaria de Comunicação de Governo) deixa de ter status de ministério e passará a ser subordinada à Casa Civil, hoje liderada por Dilma Roussef. Com isso, Gushiken será agora secretário.

Com a nova etapa da reforma, retornam à Câmara os ministros Aldo Rebelo (Coordenação Política), do PC do B, e Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia), pelo PSB. A pasta continuará sendo da cota da sigla, que indicou para a vaga Sérgio Resende, presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos).

Alan Marques/FI
Romero Jucá, que deixa ministério e volta ao Senado
Romero Jucá, que deixa ministério e volta ao Senado
Romero Jucá (Previdência) assume o mandato de senador pelo PMDB. Já o secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda, irá deixar o governo para se dedicar à campanha da presidência do PT de Minas Gerais que ocorrerá em 18 de setembro.

Núcleo duro

A saída do governo era um "fato" já admitido pelo próprio Gushiken, que chegou a comentar sua possível retirada com os assessores mais próximos. Desde a semana passada, pelo menos, o ministro já teria entregue seu cargo para o presidente Lula.

Reuters
Luiz Gushiken, que perdeu status de ministro na reforma
Luiz Gushiken, que perdeu status de ministro na reforma
Gushiken chegou a admitir ao presidente que estava sob "bombardeio", devido a reportagens a respeito de uma empresa da qual foi sócio (Globalprev, que assistiu a um salto no faturamento desde que o ex-associado migrou para Brasília), do aumento da publicidade da revista de um cunhado e de sua influência em fundos de pensão.

Ao lado do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, e do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, Gushiken é um poderoso auxiliar de Lula desde a campanha de 2002.

Nas discussões do governo, quase sempre se alinhou a Palocci --os dois foram trotsquistas e radicais do PT nos primórdios do partido, enquanto mantinha choques nos bastidores com Dirceu.

No início do governo Lula, os três (Gushiken, Dirceu e Palocci) integravam o chamado "núcleo duro" do governo, ouvido por Lula para a tomada de decisões.

Amigo do presidente, Gushiken é um dos poucos auxiliares que têm conversas francas com Lula, nas quais deixa claro eventuais discordâncias.

Educação

O ministro Tarso Genro (Educação) permanecerá no governo até o próximo dia 27. Seu substituto, o secretário-executivo Fernando Haddad, que chegou a ser anunciado por Genro na manhã de hoje, ainda não foi confirmado pelo Palácio do Planalto.

Segundo o porta-voz da Presidência, André Singer, novas mudanças na equipe poderão ser anunciadas na próxima segunda-feira, depois da viagem que Lula fará a França. O presidente embarca nesta tarde para participar das comemorações do ano do Brasil na França. A previsão é de que ele retorne a Brasília no próximo sábado.

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