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19/07/2005
-
12h14
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira afirmou nesta terça-feira que nunca intermediou interesses de empresas privadas junto ao governo, mas admitiu que recebeu uma vez o presidente da Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves. "Jamais fiz intermediações de empresas com o governo. Nunca falei com ninguém sobre a Skymaster nem indiquei a empresa", disse.
Segundo Pereira, Gonçalves pediu um encontro afirmando que estava com um problema com uma membro do PT que fazia parte da comissão de licitação dos Correios. Indagado sobre quem seria o petista, Pereira disse que não se lembrava.
No relato à comissão, Pereira afirmou que encerrou a reunião rapidamente.
De acordo com a CPI, a Skymaster é a empresa apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como beneficiária de licitações irregulares na estatal. A empresa teria vencido a licitação para o correio noturno por um valor muito baixo. Depois de ganhar a licitação, a Skymaster teria refeito os cálculos e o valor do serviço ficou acima do que havia proposto inicialmente.
O ex-secretário-geral negou que teve influencia para fazer as indicações para a formação das diretorias das estatais. "Não é fato que eu indiquei diretorias das estatais. Eu não tenho este conhecimento neste nível que se pode imaginar. Eu não tinha este nível de informação, este nível de influência", afirmou. "Não tinha controle de quem foi indicado e para onde foi nomeado. Os ministros montaram seus ministérios de acordo com seus critérios", acrescentou.
Aos integrantes da CPI, Pereira confirmou que uma de suas funções era negociar as indicações --estaduais e federais-- feitas por partidos da base aliada ao governo e defendeu o direito destes partidos ocuparem cargos no governo.
"Às cegas"
Os integrantes da CPI começaram a ouvir Pereira "às cegas". Isso porque, embora os parlamentares tenham aprovado na primeira sessão de votação de requerimento quebra do sigilo bancário do petista, a CPI ainda não recebeu nenhuma documentação. "Nós já vimos que há lentidão em quebrar sigilo bancário", afirmou o relator da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Em sua rápida apresentação, o ex-dirigente negou que tenha feito nomeações no governo e disse está prestando depoimento na CPI "para defender a verdade". "Eu quero informar que quem nomeou foi o governo. Eu nunca nomeei ninguém."
Ontem, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Nelson Jobim, concedeu um habeas corpus preventivo a Pereira e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares. Ambos pediram para depor na CPI na condição de investigados --eles podem se recusar a assinar o termo de compromisso de falar toda a verdade do que lhe for perguntado na comissão.
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Silvio Pereira confirma que recebeu presidente da Skymaster
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da Folha Online, em Brasília
O ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira afirmou nesta terça-feira que nunca intermediou interesses de empresas privadas junto ao governo, mas admitiu que recebeu uma vez o presidente da Skymaster, Luiz Otávio Gonçalves. "Jamais fiz intermediações de empresas com o governo. Nunca falei com ninguém sobre a Skymaster nem indiquei a empresa", disse.
Segundo Pereira, Gonçalves pediu um encontro afirmando que estava com um problema com uma membro do PT que fazia parte da comissão de licitação dos Correios. Indagado sobre quem seria o petista, Pereira disse que não se lembrava.
Lula Marques/FI |
O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira |
De acordo com a CPI, a Skymaster é a empresa apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como beneficiária de licitações irregulares na estatal. A empresa teria vencido a licitação para o correio noturno por um valor muito baixo. Depois de ganhar a licitação, a Skymaster teria refeito os cálculos e o valor do serviço ficou acima do que havia proposto inicialmente.
O ex-secretário-geral negou que teve influencia para fazer as indicações para a formação das diretorias das estatais. "Não é fato que eu indiquei diretorias das estatais. Eu não tenho este conhecimento neste nível que se pode imaginar. Eu não tinha este nível de informação, este nível de influência", afirmou. "Não tinha controle de quem foi indicado e para onde foi nomeado. Os ministros montaram seus ministérios de acordo com seus critérios", acrescentou.
Aos integrantes da CPI, Pereira confirmou que uma de suas funções era negociar as indicações --estaduais e federais-- feitas por partidos da base aliada ao governo e defendeu o direito destes partidos ocuparem cargos no governo.
"Às cegas"
Os integrantes da CPI começaram a ouvir Pereira "às cegas". Isso porque, embora os parlamentares tenham aprovado na primeira sessão de votação de requerimento quebra do sigilo bancário do petista, a CPI ainda não recebeu nenhuma documentação. "Nós já vimos que há lentidão em quebrar sigilo bancário", afirmou o relator da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Em sua rápida apresentação, o ex-dirigente negou que tenha feito nomeações no governo e disse está prestando depoimento na CPI "para defender a verdade". "Eu quero informar que quem nomeou foi o governo. Eu nunca nomeei ninguém."
Ontem, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Nelson Jobim, concedeu um habeas corpus preventivo a Pereira e ao ex-tesoureiro Delúbio Soares. Ambos pediram para depor na CPI na condição de investigados --eles podem se recusar a assinar o termo de compromisso de falar toda a verdade do que lhe for perguntado na comissão.
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