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21/07/2005 - 13h50

Líder do PT se licencia depois de confirmados saques no Banco Rural

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Rocha (PA), pediu licença do cargo até o início de agosto, depois de divulgado que o nome de sua assessora Anita Leocádia consta da lista de saques das contas do empresário Marcos Valério no Banco Rural.

De acordo com informações da CPI, ela teria sacado R$ 470 mil na boca do caixa. Paulo Rocha confirmou a operação e disse, em nota à imprensa, que o dinheiro seria usado para o pagamento de dívidas do PT no Estado.

Alan Marques/FI
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Rocha (PA)
O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Rocha (PA)
"Na qualidade de presidente do PT no Pará, solicitamos ao companheiro Delúbio Soares auxílio para a quitação de dívidas do Partido no Estado. Para tanto foram disponibilizados para o PT do Pará a quantia de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), no ano de 2003. Por orientação do companheiro Delúbio, os recursos foram retirados junto ao banco Rural, por minha assessora Anita Leocádia", informa o deputado na nota.

O valor teria sido "de imediato e integralmente" repassado para o pagamento das dívidas. O deputado acrescentou que, por se tratar de responsabilidade que envolvia o colégio partidário, preferiu esperar para se pronunciar.

"Diante do exposto e com a preocupação de não causar constrangimento ao PT e à bancada, estou me licenciando do cargo de Líder até a próxima reunião da bancada prevista para a primeira semana de agosto, neste período, a bancada será coordenada por seu colégio de vice-líderes", concluiu.

Ontem, em depoimento à CPI, Delúbio confirmou que foram usados recursos de caixa dos na campanha do Pará. Pelas explicações do ex-tesoureiro os dirigentes avaliaram à época (2002) que a candidata Maria do Carmo (PT), que concorria ao governo do estado, tinham poucas chances de vencer o pleito.

Por isso, de acordo com ele, as empresas escolheram candidatos de outros partidos para realizar contribuições. Com a ascensão das intenções de voto para a candidata petista, que chegou ao segundo turno, já seria tarde para receber doações legais.

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