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28/07/2005
-
14h36
PATRÍCIA ZIMMERMANN
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI mista dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), considerou "pertinente" a preocupação do ministro das Comunicações, Hélio Costa, com a imagem dos Correios, mas disse hoje achar difícil mudar o nome da comissão que apura denúncias de corrupção nos Correios.
"Regimentalmente, pelo menos do meu ponto de vista não [é possível mudar o nome da comissão], mas vou levar esse assunto, vou pedir a assessoria jurídica da CPI para fazer essa análise", disse Amaral ao informar que colocará o pedido do ministro em pauta na reunião administrativa da comissão marcada para a próxima terça-feira.
Costa entregou hoje ao senador um ofício sugerindo "que seja substituída a denominação CPMI dos Correios". Ele alega que fatos isolados praticados por um ou outro empregado não deveriam envolver a instituição como um todo.
Segundo o ministro, o pedido para que a comissão tente "minimizar" o uso do nome da instituição foi feito em nome dos 108 mil funcionários e dos 100 anos de história dos Correios.
Delcidio Amaral destacou que a CPI foi criada e nomeada com base em um fato gerador, no caso "a apuração de atos delituosos praticados por agentes públicos nos Correios", e também pelo de a sua criação ter sido aprovada pelo Congresso Nacional.
Mas o ministro das Comunicações argumentou que, nas últimas semanas, as denúncias relativas à instituição foram deixadas de lado, e o que está em pauta são "coisas completamente diferentes".
Diante da dificuldade regimental para a mudança, exposta pelo presidente da comissão, Costa decidiu, então, fazer um apelo à imprensa para que diminua a exposição da instituição.
"Confesso que não tenho uma posição de como eventualmente mitigar essa exposição forte de uma instituição tão importante para o Brasil, para todos os brasileiros como a Empresa de Correios e Telégrafos", disse Amaral ao final do encontro com o ministro.
Diante do apelo de Hélio Costa, o deputado Welinton Fagundes (PL-MT) decidiu encampar a defesa dos Correios. Um requerimento de sua autoria deverá ser colocado em votação na próxima reunião da CPI para tentar mudar o nome da comissão.
Questionado qual seria a alternativa, o deputado sugeriu que a rebatizar como "CPI da Corrupção Valeriana", numa referência ao envolvimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. "Queremos resgatar a imagem dos Correios", justificou.
Segundo o deputado, se a comissão não tem autonomia para mudar o seu próprio nome, o assunto poderia ser discutido pelo Congresso.
Hélio Costa sugeriu que a comissão passasse a se chamar "CPI do Combate à Corrupção".
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Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
Delcidio acha difícil tirar "Correios" do nome da CPI
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI mista dos Correios, senador Delcidio Amaral (PT-MS), considerou "pertinente" a preocupação do ministro das Comunicações, Hélio Costa, com a imagem dos Correios, mas disse hoje achar difícil mudar o nome da comissão que apura denúncias de corrupção nos Correios.
"Regimentalmente, pelo menos do meu ponto de vista não [é possível mudar o nome da comissão], mas vou levar esse assunto, vou pedir a assessoria jurídica da CPI para fazer essa análise", disse Amaral ao informar que colocará o pedido do ministro em pauta na reunião administrativa da comissão marcada para a próxima terça-feira.
Costa entregou hoje ao senador um ofício sugerindo "que seja substituída a denominação CPMI dos Correios". Ele alega que fatos isolados praticados por um ou outro empregado não deveriam envolver a instituição como um todo.
Segundo o ministro, o pedido para que a comissão tente "minimizar" o uso do nome da instituição foi feito em nome dos 108 mil funcionários e dos 100 anos de história dos Correios.
Delcidio Amaral destacou que a CPI foi criada e nomeada com base em um fato gerador, no caso "a apuração de atos delituosos praticados por agentes públicos nos Correios", e também pelo de a sua criação ter sido aprovada pelo Congresso Nacional.
Mas o ministro das Comunicações argumentou que, nas últimas semanas, as denúncias relativas à instituição foram deixadas de lado, e o que está em pauta são "coisas completamente diferentes".
Diante da dificuldade regimental para a mudança, exposta pelo presidente da comissão, Costa decidiu, então, fazer um apelo à imprensa para que diminua a exposição da instituição.
"Confesso que não tenho uma posição de como eventualmente mitigar essa exposição forte de uma instituição tão importante para o Brasil, para todos os brasileiros como a Empresa de Correios e Telégrafos", disse Amaral ao final do encontro com o ministro.
Diante do apelo de Hélio Costa, o deputado Welinton Fagundes (PL-MT) decidiu encampar a defesa dos Correios. Um requerimento de sua autoria deverá ser colocado em votação na próxima reunião da CPI para tentar mudar o nome da comissão.
Questionado qual seria a alternativa, o deputado sugeriu que a rebatizar como "CPI da Corrupção Valeriana", numa referência ao envolvimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. "Queremos resgatar a imagem dos Correios", justificou.
Segundo o deputado, se a comissão não tem autonomia para mudar o seu próprio nome, o assunto poderia ser discutido pelo Congresso.
Hélio Costa sugeriu que a comissão passasse a se chamar "CPI do Combate à Corrupção".
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