Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/07/2005 - 21h10

Empresa de Valério pede desligamento da Abap

Publicidade

THIAGO GUIMARÃES
da Agência Folha, em Belo Horizonte

A DNA Propaganda, uma das agências de publicidade em que o empresário Marcos Valério é sócio, pediu nesta semana seu desligamento da Abap (Associação Brasileira das Agências de Publicidade). A Abap é uma entidade patronal que reúne as 250 maiores agências brasileiras, responsáveis, segundo a associação, por 75% do investimento em mídia do país.

O pedido de desligamento foi encaminhado ontem pelo presidente da DNA, Francisco Castilho. Na semana passada, Castilho já havia pedido licença até dezembro do cargo de presidente da Abap em Minas. Ambos os pedidos foram aceitos pela entidade.

A atuação da Abap está ligada a realização de campanhas sociais e de encontros do setor. A desfiliação não traz prejuízos econômicos diretos para a agência, como, por exemplo, a proibição de participar de licitações. O impacto é, principalmente, no prestígio da empresa, pois a entidade é a mais antiga do país e é conhecida por reunir as principais agências.

Por meio de sua assessoria, a DNA informou que Castilho pediu licença da Abap "por não ter tempo disponível para se dedicar à entidade como ela merece", situação causada pelas denúncias de irregularidades envolvendo a empresa. Por causa disso, teria encaminhado também o pedido de licença da pessoa jurídica, a DNA.

A Abap deu outra versão. Informou que, de fato, Castilho pediu licença até dezembro, mas que o pedido da DNA foi de desligamento. Como não é possível que um diretor licenciado seja integrante de uma empresa não-filiada, a entidade informou que já designou um presidente interino para Minas --o publicitário Lúcio Melo-- e que, em 90 dias, vai convocar eleições para definição da nova diretoria no Estado.

A SMPB Comunicação, outra agência de grande porte em que Valério é sócio, segue filiada à Abap. Segundo a assessoria da entidade, a empresa não pediu sua desfiliação.

Desde que ocuparam o centro das denúncias de irregularidades, por conta da atuação suspeita do sócio Marcos Valério no meio político, a SMPB e a DNA vêm perdendo clientes públicos e privados. A DNA, por exemplo, já perdeu as contas publicitárias da Eletronorte, dos Correios, do Banco do Brasil e do governo de Minas Gerais.

Leia mais
  • Ministério Público ainda precisa de provas para pedir prisão de Valério
  • Delcidio acha difícil tirar "Correios" do nome da CPI
  • Tumulto marca saída de Lula de hotel em Porto Alegre
  • Ações do governo incomodam a oposição, diz Lula

    Especial
  • Leia a cobertura completa sobre a CPI dos Correios
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página