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28/07/2005
-
22h15
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
Marcelo Leonardo, advogado do empresário Marcos Valério, queixou-se nesta quinta-feira de falta de ação contra quem pediu e ordenou os empréstimos bancários feitos pelo seu cliente. A declaração foi uma resposta ao pedido de prisão de seu cliente apresentado pela CPI dos Correios à Procuradoria Geral da República.
Leonardo se referia ao ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e ao ex-presidente do PT, José Genoino --segundo Valério, era para eles que o publicitário fez vários empréstimos bancários, entre 2003 e 2005, por meio das agências SMPB Comunicação e DNA Propaganda, para pagar dívidas de campanha do PT. O advogado disse que somam R$ 90 milhões as dívidas de Valério com os bancos.
"CPI tem função política, está no papel dela. Mas tiveram a preocupação de criar esse fato para que todos os jornais hoje tivessem como manchete esse pedido de prisão, quando o relevante para o país é apurar a conduta de quem pediu e ordenou e quem se beneficiou com os fatos", afirmou.
Advogado criminalista, Leonardo afirmou à Folha que, para a Justiça, não há "grande preocupação" com a pessoa que funciona como intermediário dos fatos, mas, sim, com quem de fato "mandou e se beneficiou" dos empréstimos por indicação feita pela antiga cúpula petista.
Prisão sem justificativa
Leonardo disse que o pedido da CPI está baseado em uma suposta queima de documentos da DNA, fato que Valério nega. Ele afirmou que a conversa gravada pela Polícia Federal com autorização da Justiça se dá entre o contador Marco Aurélio Prata e seu irmão, o ex-policial Marco Túlio Prata, nada tendo a ver com o seu cliente. "Tem que ter prova de vinculação pessoal, isso não existe", afirmou.
Leonardo disse que o pedido de prisão não se fundamenta porque Valério "compareceu em todos os lugares" que foi intimado a depor. Citou a Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público e a própria CPI. Além disso, afirmou que tanto a Justiça quanto a CPI já tem em mãos todos os documentos relativos aos fatos em apuração.
"Não vejo nenhuma necessidade de prisão. Existe uma preocupação de manter o Marcos Valério no foco e desviar a atenção de outras coisas e pessoas", disse o advogado, acrescentando que confia agora no STF (Supremo Tribunal Federal), que poderá analisar o pedido, caso a procuradoria-geral concorde com a CPI.
Até a indisponibilidade dos bens de Valério foi criticada pelo advogado, que afirmou que ela "só interessa aos bancos", já que é devedor de R$ 90 milhões. "Os bancos já estão mandando notificação, querem receber. A primeira data de vencimento, conforme já foi divulgado, é 1º de setembro", disse.
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
Marcelo Leonardo, advogado do empresário Marcos Valério, queixou-se nesta quinta-feira de falta de ação contra quem pediu e ordenou os empréstimos bancários feitos pelo seu cliente. A declaração foi uma resposta ao pedido de prisão de seu cliente apresentado pela CPI dos Correios à Procuradoria Geral da República.
Leonardo se referia ao ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e ao ex-presidente do PT, José Genoino --segundo Valério, era para eles que o publicitário fez vários empréstimos bancários, entre 2003 e 2005, por meio das agências SMPB Comunicação e DNA Propaganda, para pagar dívidas de campanha do PT. O advogado disse que somam R$ 90 milhões as dívidas de Valério com os bancos.
"CPI tem função política, está no papel dela. Mas tiveram a preocupação de criar esse fato para que todos os jornais hoje tivessem como manchete esse pedido de prisão, quando o relevante para o país é apurar a conduta de quem pediu e ordenou e quem se beneficiou com os fatos", afirmou.
Advogado criminalista, Leonardo afirmou à Folha que, para a Justiça, não há "grande preocupação" com a pessoa que funciona como intermediário dos fatos, mas, sim, com quem de fato "mandou e se beneficiou" dos empréstimos por indicação feita pela antiga cúpula petista.
Prisão sem justificativa
Leonardo disse que o pedido da CPI está baseado em uma suposta queima de documentos da DNA, fato que Valério nega. Ele afirmou que a conversa gravada pela Polícia Federal com autorização da Justiça se dá entre o contador Marco Aurélio Prata e seu irmão, o ex-policial Marco Túlio Prata, nada tendo a ver com o seu cliente. "Tem que ter prova de vinculação pessoal, isso não existe", afirmou.
Leonardo disse que o pedido de prisão não se fundamenta porque Valério "compareceu em todos os lugares" que foi intimado a depor. Citou a Polícia Federal, Polícia Civil, Ministério Público e a própria CPI. Além disso, afirmou que tanto a Justiça quanto a CPI já tem em mãos todos os documentos relativos aos fatos em apuração.
"Não vejo nenhuma necessidade de prisão. Existe uma preocupação de manter o Marcos Valério no foco e desviar a atenção de outras coisas e pessoas", disse o advogado, acrescentando que confia agora no STF (Supremo Tribunal Federal), que poderá analisar o pedido, caso a procuradoria-geral concorde com a CPI.
Até a indisponibilidade dos bens de Valério foi criticada pelo advogado, que afirmou que ela "só interessa aos bancos", já que é devedor de R$ 90 milhões. "Os bancos já estão mandando notificação, querem receber. A primeira data de vencimento, conforme já foi divulgado, é 1º de setembro", disse.
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