Publicidade
Publicidade
09/08/2005
-
15h22
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O advogado Rogério Tadeu Buratti, em depoimento hoje à CPI dos Bingos, negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da empresa Gtech para a renovação de um contrato com a Caixa Econômica Federal no ano passado.
De acordo com ele, funcionários da Gtech o procuraram, por indicação do advogado da empresa, Enrico Gianello, para que ele atuasse como consultor. Teria recebido a oferta de ganhos que variariam de R$ 500 mil e R$ 16 milhões a depender dos termos do contrato renovado.
"O prestígio que eles disseram que eu tinha, depois de analisar meu currículo, era o de que teria facilidade para conversar com pessoas do governo, inclusive com o Palocci [ministro da Fazenda, Antonio Palocci]. Não aceitei porque não tinha meios de realizar o que eles me pediram", afirmou.
Na semana passada, o gerente da Gtech, Marcelo Rovai, e ex-presidente da empresa Antônio Carlos da Rocha confirmaram as acusações de que a empresa foi chantageada pelo o ex-assessor da Casa Civil, sendo Buratti o responsável pela cobrança de propina.
"Eles estão mentindo e estou muito tranqüilo quanto a isso. A Gtech me parece uma empresa que procura sua própria beatificação, ignorando que passou oito anos com contratos irregulares com a CEF. Me parece que a Cef deveria se livrar de contratos de tamanha dependência", afirmou. "Eu acho que eles precisam de um bode expiatório e encontraram em mim um", acrescentou.
Diante das divergências, os senadores quiseram saber se ele sustentaria sua versão em uma acareação com os dirigentes da empresa. Buratti aceitou a proposta.
Buratti disse ainda que se surpreendeu "positivamente" ao saber que outra empresa recebeu recursos que supostamente não teria aceito. De acordo com a denúncia da revista "IstoÉ", a empresa MM Consultoria Ltda, de propriedade do advogado Marcelo Coelho Aguiar, ex-funcionário da Presidência da República, teria recebido R$ 2 milhões da Gtech como contrapartida prometida pela empresa para a renovação do contrato.
Em seu depoimento, Buratti negou conhecer o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado pedindo propina para intermediar os interesses da Gtech, negou ter amizade com o ministro Palocci, com quem trabalhou em Ribeirão Preto, e confirmou ter trabalhado com os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), na liderança do partido, com e José Dirceu (PT-SP), quando ainda era deputado estadual.
Leia mais
Advogado da Gtech entra com liminar e se livra de depor na CPI dos Bingos
Valério diz considerar Dirceu seu "inimigo"
Juiz livra Dirceu de depoimento em Santo André
Sacadores de Duda trabalhavam para doleiro
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Bingos
Buratti diz aceitar acareação com dirigentes da Gtech
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O advogado Rogério Tadeu Buratti, em depoimento hoje à CPI dos Bingos, negou que tenha sido responsável pelo pedido de propina a dirigentes da empresa Gtech para a renovação de um contrato com a Caixa Econômica Federal no ano passado.
De acordo com ele, funcionários da Gtech o procuraram, por indicação do advogado da empresa, Enrico Gianello, para que ele atuasse como consultor. Teria recebido a oferta de ganhos que variariam de R$ 500 mil e R$ 16 milhões a depender dos termos do contrato renovado.
"O prestígio que eles disseram que eu tinha, depois de analisar meu currículo, era o de que teria facilidade para conversar com pessoas do governo, inclusive com o Palocci [ministro da Fazenda, Antonio Palocci]. Não aceitei porque não tinha meios de realizar o que eles me pediram", afirmou.
Na semana passada, o gerente da Gtech, Marcelo Rovai, e ex-presidente da empresa Antônio Carlos da Rocha confirmaram as acusações de que a empresa foi chantageada pelo o ex-assessor da Casa Civil, sendo Buratti o responsável pela cobrança de propina.
"Eles estão mentindo e estou muito tranqüilo quanto a isso. A Gtech me parece uma empresa que procura sua própria beatificação, ignorando que passou oito anos com contratos irregulares com a CEF. Me parece que a Cef deveria se livrar de contratos de tamanha dependência", afirmou. "Eu acho que eles precisam de um bode expiatório e encontraram em mim um", acrescentou.
Diante das divergências, os senadores quiseram saber se ele sustentaria sua versão em uma acareação com os dirigentes da empresa. Buratti aceitou a proposta.
Buratti disse ainda que se surpreendeu "positivamente" ao saber que outra empresa recebeu recursos que supostamente não teria aceito. De acordo com a denúncia da revista "IstoÉ", a empresa MM Consultoria Ltda, de propriedade do advogado Marcelo Coelho Aguiar, ex-funcionário da Presidência da República, teria recebido R$ 2 milhões da Gtech como contrapartida prometida pela empresa para a renovação do contrato.
Em seu depoimento, Buratti negou conhecer o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz, flagrado pedindo propina para intermediar os interesses da Gtech, negou ter amizade com o ministro Palocci, com quem trabalhou em Ribeirão Preto, e confirmou ter trabalhado com os deputados João Paulo Cunha (PT-SP), na liderança do partido, com e José Dirceu (PT-SP), quando ainda era deputado estadual.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice