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15/08/2005
-
17h45
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O deflagrador da CPI dos Correios, o ex-chefe de departamento da estatal Maurício Marinho negocia com o Ministério Público a diminuição de penalidades em troca de ajuda nas investigações sobre a corrupção na empresa.
Em conversa com a procuradora da República do Distrito Federal Raquel Branquinho, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), soube que as negociações estão adiantadas e que o depoimento do ex-funcionário já conta com mais de 50 páginas. 'O Marinho estaria colaborando e revelando muita coisa importante para a Justiça', afirmou Serraglio.
Maurício Marinho foi flagrado recebendo R$ 3 mil de propina e disse a lobistas, conforme gravação divulgada posteriormente, operar um esquema de corrupção em parceria com outros dois diretores da estatal sob o comando do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). De acordo com Serraglio, já há indícios de que Jefferson realmente operava esse esquema na empresa.
Trabalho conjunto
Os integrantes da comissão acertaram ainda um trabalho conjunto com o Ministério Público para investigar se são verdadeiros os empréstimos declarados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, cujos recursos teriam sido repassados ao PT supostamente para pagar dívidas de campanha.
A idéia da comissão é fazer uma perícia na contabilidade da SMPB, empresa de Valério, para saber como os empréstimos foram contabilizados e de que forma o dinheiro entrou e saiu da empresa. Serraglio diz que a empresa pode ter usado notas frias para cobrir as operações.
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Marinho negocia delação premiada com Ministério Público
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O deflagrador da CPI dos Correios, o ex-chefe de departamento da estatal Maurício Marinho negocia com o Ministério Público a diminuição de penalidades em troca de ajuda nas investigações sobre a corrupção na empresa.
Em conversa com a procuradora da República do Distrito Federal Raquel Branquinho, o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), soube que as negociações estão adiantadas e que o depoimento do ex-funcionário já conta com mais de 50 páginas. 'O Marinho estaria colaborando e revelando muita coisa importante para a Justiça', afirmou Serraglio.
Maurício Marinho foi flagrado recebendo R$ 3 mil de propina e disse a lobistas, conforme gravação divulgada posteriormente, operar um esquema de corrupção em parceria com outros dois diretores da estatal sob o comando do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ). De acordo com Serraglio, já há indícios de que Jefferson realmente operava esse esquema na empresa.
Trabalho conjunto
Os integrantes da comissão acertaram ainda um trabalho conjunto com o Ministério Público para investigar se são verdadeiros os empréstimos declarados pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, cujos recursos teriam sido repassados ao PT supostamente para pagar dívidas de campanha.
A idéia da comissão é fazer uma perícia na contabilidade da SMPB, empresa de Valério, para saber como os empréstimos foram contabilizados e de que forma o dinheiro entrou e saiu da empresa. Serraglio diz que a empresa pode ter usado notas frias para cobrir as operações.
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