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18/08/2005 - 21h48

Equipe da PF de Brasília fará escolta de doleiro a Curitiba

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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, viaja nesta quinta-feira de São Paulo a Curitiba, escoltado por uma equipe da PF (Polícia Federal) de Brasília, para prestar novo depoimento à força-tarefa das contas CC5 do Ministério Público Federal, depois que disse à CPI dos Correios que suas empresas de câmbio aplicaram dinheiro do PT fora do país.

O procurador regional da República de segunda instância e integrante da força-tarefa das CC5 Januário Paludo disse nesta quarta-feira que o depoimento será sigiloso e o conteúdo não será antecipado à imprensa. "Vai ser coisa restrita, diferente do depoimento à CPI [dos Correios], que abriu [o depoimento do doleiro] a vocês", disse.

Segundo Paludo, o simples testemunho de Toninho da Barcelona "será muito pouco" para uma possibilidade de redução da pena. "Se disser e não apontar provas, não ganha nada."

O procurador regional se mostrou cético sobre a mudança de posição do doleiro. "Temos que ver se essa mudança existe ou se ele só quer espaço na mídia." Em caso de "bom depoimento", Paludo disse que a busca das provas "será um processo demorado".

O avião que conduzirá Toninho da Barcelona ao novo depoimento é da própria PF. O depoimento está previsto para às 14h.

O superintendente da PF no Paraná, Jaber Makul Hanna Saadi, classificou de "rotina" o novo deslocamento de Toninho da Barcelona para prestar depoimento em Curitiba.

"Infelizmente, as rotinas estão se misturando com a política", afirmou, ao responder sobre a relação do novo depoimento à força-tarefa com o conteúdo da conversa que o doleiro teve em São Paulo com os parlamentares da CPI dos Correios, na terça-feira.

Segundo Saadi, Toninho da Barcelona será levado de volta à penitenciária de Avaré, onde cumpre pena por lavagem de dinheiro, assim que os procuradores da República terminarem de ouvi-lo.

Depois de negar uma proposta de delação premiada, feita pelos procuradores no ano passado, Toninho da Barcelona promete agora colaborar em troca de redução de sua pena.

No depoimento à CPI dos Correios, ele fez insinuações sobre dinheiro no exterior de integrantes do governo Lula. Citou o ex-ministro da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP), o ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos e o presidente do Banco Central Henrique Meirelles. Todos negaram.

O Ministério Público vai ouvi-lo nesta quinta-feira para saber o que ele tem de concreto, notadamente sobre as transações do Banco Rural na offshore Trade Link Bank, que recebeu dinheiro do publicitário Duda Mendonça.

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