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18/08/2005
-
19h23
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato afirmou hoje aos integrantes da CPI dos Correios que o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, influenciavam as decisões da Previ, fundo de previdência da instituição.
O exemplo que mostraria a participação dos ministros nas decisões do fundo de previdência, uma entidade privada e independente, ocorreu em 2004. Na época, a Anatel determinou que a Previ deveria escolher se manteria ativos na Telemig ou na Telemar. De acordo com Pizzolato, o presidente da Previ, Sérgio Rosa, pediu o adiamento da reunião do Conselho Deliberativo do fundo que definiria qual investimento seria mantido para antes conversar com Gushiken e Palocci.
"Ele pediu para postergar a decisão porque estaria em Brasília para conversar com o ministro Gushiken e depois iria ao Palocci", afirmou Pizzolato. De volta ao Rio de Janeiro, Rosa faria um relato das conversas para a tomada da decisão.
'Ele veio a Brasília para levar a decisão pronta', afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). O deputado petista Jorge Bittar (RJ) defendeu a participação dos ministros no processo. 'O governo tem que estar atento ao que ocorre na área de telecomunicação. Não me parece que tenha sido algo em que a decisão da Previ tenha sido ordenada por este ou outro conselho', afirmou o deputado.
A declaração é vista pelos oposicionistas que integram a CPI como um argumento convincente para marcar a presença do ex-ministro de Lula à comissão. A convocação dele foi aprovada, mas os governistas resistiram hoje à proposta de agendar para a próxima semana o depoimento de Gushiken. 'Eu acho que nessa história toda, o Gushiken tem uma participação muito grande', disse o senador César Borges.
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Pizzolato diz que Palocci e Gushiken influenciaram em decisões da Previ
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da Folha Online, em Brasília
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato afirmou hoje aos integrantes da CPI dos Correios que o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, Luiz Gushiken, e o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, influenciavam as decisões da Previ, fundo de previdência da instituição.
O exemplo que mostraria a participação dos ministros nas decisões do fundo de previdência, uma entidade privada e independente, ocorreu em 2004. Na época, a Anatel determinou que a Previ deveria escolher se manteria ativos na Telemig ou na Telemar. De acordo com Pizzolato, o presidente da Previ, Sérgio Rosa, pediu o adiamento da reunião do Conselho Deliberativo do fundo que definiria qual investimento seria mantido para antes conversar com Gushiken e Palocci.
"Ele pediu para postergar a decisão porque estaria em Brasília para conversar com o ministro Gushiken e depois iria ao Palocci", afirmou Pizzolato. De volta ao Rio de Janeiro, Rosa faria um relato das conversas para a tomada da decisão.
'Ele veio a Brasília para levar a decisão pronta', afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). O deputado petista Jorge Bittar (RJ) defendeu a participação dos ministros no processo. 'O governo tem que estar atento ao que ocorre na área de telecomunicação. Não me parece que tenha sido algo em que a decisão da Previ tenha sido ordenada por este ou outro conselho', afirmou o deputado.
A declaração é vista pelos oposicionistas que integram a CPI como um argumento convincente para marcar a presença do ex-ministro de Lula à comissão. A convocação dele foi aprovada, mas os governistas resistiram hoje à proposta de agendar para a próxima semana o depoimento de Gushiken. 'Eu acho que nessa história toda, o Gushiken tem uma participação muito grande', disse o senador César Borges.
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