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18/08/2005
-
21h26
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O publicitário Ramon Hollerbach Cardoso, sócio de Marcos Valério de Souza nas agências SMPB e na DNA, se contradisse nesta quinta-feira ao falar sobre sua relação com o doleiro Jader Kalid Antonio. Inicialmente ele disse que não o conhecia "de jeito nenhum". Depois, afirmou que o doleiro é "uma figura conhecida, extremamente educada, um sujeito fino".
Na última sexta-feira, Kalid disse que prestou uma consultoria a Cardoso em 2003. Segundo o doleiro, o empresário queria, na época, remeter R$ 2 milhões para o exterior. Nesta quinta-feira, Cardoso negou ter tratado do assunto com Kalid. "Isso é mais uma pirotecnia", disse Cardoso.
O publicitário prestou depoimento como informante à PF (Polícia Federal), em Belo Horizonte (MG), em dois inquéritos que investigam uma possível gestão fraudulenta de instituição financeira por parte dos bancos Credireal e Rural, em 1998. As instituições teriam recebido como pagamento de empréstimos às agências SMPB e DNA valores menores daqueles concedidos.
O empréstimo de R$ 1,6 milhão, concedido em 1996 à SMPB pelo Credireal, banco estadual privatizado em 1997, foi pago com uma fazenda avaliada em R$ 2,4 milhões. O Ministério Público de Minas Gerais questionou o valor do imóvel, que foi avaliado posteriormente em R$ 330 mil. Em abril, foi proposta uma ação de reparação de danos ao patrimônio público contra os sócios da agência e gestores do banco.
O processo tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública em Belo Horizonte. Para o Ministério Público, o prejuízo ao tesouro do Estado chegou a R$ 8 milhões com a operação.
Cardoso disse que o atual vice-governador do Estado, Clésio Andrade (PL), que na época era sócio da SMPB, foi o "mentor" da quitação do empréstimo por meio da dação --pagamento de dívida mediante entrega de um bem-- da fazenda.
"A idéia de pagar [o empréstimo] com a fazenda foi do Clésio, que entrou na sociedade para ajudar a empresa numa época em que ela passava por uma fase difícil", disse Cardoso. O vice-governador deixou a sociedade em 1998, quando disputou o governo de Minas como vice do agora senador Eduardo Azeredo (PSDB).
A assessoria do vice-governador disse que Clésio Andrade nada teve a ver com a negociação para pagamento de empréstimo, contraído antes da entrada dele na sociedade com os publicitários.
No depoimento à PF, Cardoso disse que não participava da área financeira das agências. Na quarta-feira, Cristiano Paz, presidente da SMPB, também prestou depoimento no mesmo inquérito e afirmou que atuava apenas na área de criação da agência.
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Sócio de Valério se contradiz na PF ao falar de doleiro
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O publicitário Ramon Hollerbach Cardoso, sócio de Marcos Valério de Souza nas agências SMPB e na DNA, se contradisse nesta quinta-feira ao falar sobre sua relação com o doleiro Jader Kalid Antonio. Inicialmente ele disse que não o conhecia "de jeito nenhum". Depois, afirmou que o doleiro é "uma figura conhecida, extremamente educada, um sujeito fino".
Na última sexta-feira, Kalid disse que prestou uma consultoria a Cardoso em 2003. Segundo o doleiro, o empresário queria, na época, remeter R$ 2 milhões para o exterior. Nesta quinta-feira, Cardoso negou ter tratado do assunto com Kalid. "Isso é mais uma pirotecnia", disse Cardoso.
O publicitário prestou depoimento como informante à PF (Polícia Federal), em Belo Horizonte (MG), em dois inquéritos que investigam uma possível gestão fraudulenta de instituição financeira por parte dos bancos Credireal e Rural, em 1998. As instituições teriam recebido como pagamento de empréstimos às agências SMPB e DNA valores menores daqueles concedidos.
O empréstimo de R$ 1,6 milhão, concedido em 1996 à SMPB pelo Credireal, banco estadual privatizado em 1997, foi pago com uma fazenda avaliada em R$ 2,4 milhões. O Ministério Público de Minas Gerais questionou o valor do imóvel, que foi avaliado posteriormente em R$ 330 mil. Em abril, foi proposta uma ação de reparação de danos ao patrimônio público contra os sócios da agência e gestores do banco.
O processo tramita na 1ª Vara da Fazenda Pública em Belo Horizonte. Para o Ministério Público, o prejuízo ao tesouro do Estado chegou a R$ 8 milhões com a operação.
Cardoso disse que o atual vice-governador do Estado, Clésio Andrade (PL), que na época era sócio da SMPB, foi o "mentor" da quitação do empréstimo por meio da dação --pagamento de dívida mediante entrega de um bem-- da fazenda.
"A idéia de pagar [o empréstimo] com a fazenda foi do Clésio, que entrou na sociedade para ajudar a empresa numa época em que ela passava por uma fase difícil", disse Cardoso. O vice-governador deixou a sociedade em 1998, quando disputou o governo de Minas como vice do agora senador Eduardo Azeredo (PSDB).
A assessoria do vice-governador disse que Clésio Andrade nada teve a ver com a negociação para pagamento de empréstimo, contraído antes da entrada dele na sociedade com os publicitários.
No depoimento à PF, Cardoso disse que não participava da área financeira das agências. Na quarta-feira, Cristiano Paz, presidente da SMPB, também prestou depoimento no mesmo inquérito e afirmou que atuava apenas na área de criação da agência.
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