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23/08/2005
-
11h43
FABIANA FUTEMA
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O presidente do PT, Tarso Genro, 58, disse hoje que a definição sobre a sua permanência ou não na chapa do Campo Majoritário que disputará as eleições internas do partido --previstas para setembro-- deverá ser resolvida "brevemente".
O presidente do PT participa hoje do ciclo de sabatinas da Folha.
Sem mencionar nomes, Tarso diz que sua permanência à frente dessa chapa depende de um compromisso do Campo Majoritário com uma ruptura --que representaria o afastamento de antigos membros da Executiva, envolvidos em denúncias de corrupção.
"Acho que minha permanência ou não como candidato é secundária. O importante é a natureza da chapa. Essa questão [da permanência na chapa] deve ser resolvida amanhã ou depois de amanhã."
Tarso evitou mencionar nomes de antigos membros da Executiva do PT que poderiam inviabilizar sua candidatura. Entre esses nomes, estaria o do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. "A minha posição refere-se à natureza da chapa e não em nomes em especial. Até porque sou contra que essas pessoas sejam expulsas."
Ele, no entanto, elogiou a postura do ex-presidente petista José Genoino que enviou uma carta à direção do partido informando que não iria participar da chapa do Campo Majoritário. "Devem ter postura que tiveram Genoino, que acha importante haver uma ruptura mais forte."
Com a idéia de "refundar" o partido, Tarso tem travado uma disputa com Dirceu, que continua exercendo influência no Campo Majoritário.
Recentemente, Tarso saiu derrotado ao apresentar proposta de enviar Dirceu e outros seis deputados à Comissão de Ética do PT, que poderia recomendar sua expulsão.
De sua parte, Dirceu tem insistido em se manter na chapa e já mandou recados afirmando que não pretende ceder.
Tarso, que ocupou o Ministério da Educação (2004-2005), deixou a pasta neste ano para assumir a presidência do PT em meio à atual crise política.
A sabatina
Esta é a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional.
Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.
O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2), sempre a partir das 11h.
O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.
Trajetória
Tarso já foi prefeito de Porto Alegre (1993-1996 e 2001-2002) e ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência (2003-2004).
Ele escreveu os livros "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), "Orçamento Participativo" (Fundação Perseu Abramo), "Esquerda em Processo" (Vozes), "Instituições Políticas no Socialismo" (Fundação Perseu Abramo), "Crise da Democracia" (Vozes) e "O Futuro por Armar" (Vozes).
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Tarso diz que sua candidatura no PT será resolvida "brevemente"
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EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O presidente do PT, Tarso Genro, 58, disse hoje que a definição sobre a sua permanência ou não na chapa do Campo Majoritário que disputará as eleições internas do partido --previstas para setembro-- deverá ser resolvida "brevemente".
O presidente do PT participa hoje do ciclo de sabatinas da Folha.
Alan Marques/Folha Imagem |
Tarso Genro participa de sabatina da Folha |
"Acho que minha permanência ou não como candidato é secundária. O importante é a natureza da chapa. Essa questão [da permanência na chapa] deve ser resolvida amanhã ou depois de amanhã."
Tarso evitou mencionar nomes de antigos membros da Executiva do PT que poderiam inviabilizar sua candidatura. Entre esses nomes, estaria o do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. "A minha posição refere-se à natureza da chapa e não em nomes em especial. Até porque sou contra que essas pessoas sejam expulsas."
Ele, no entanto, elogiou a postura do ex-presidente petista José Genoino que enviou uma carta à direção do partido informando que não iria participar da chapa do Campo Majoritário. "Devem ter postura que tiveram Genoino, que acha importante haver uma ruptura mais forte."
Com a idéia de "refundar" o partido, Tarso tem travado uma disputa com Dirceu, que continua exercendo influência no Campo Majoritário.
Recentemente, Tarso saiu derrotado ao apresentar proposta de enviar Dirceu e outros seis deputados à Comissão de Ética do PT, que poderia recomendar sua expulsão.
De sua parte, Dirceu tem insistido em se manter na chapa e já mandou recados afirmando que não pretende ceder.
Tarso, que ocupou o Ministério da Educação (2004-2005), deixou a pasta neste ano para assumir a presidência do PT em meio à atual crise política.
A sabatina
Esta é a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional.
Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.
O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2), sempre a partir das 11h.
O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.
Trajetória
Tarso já foi prefeito de Porto Alegre (1993-1996 e 2001-2002) e ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência (2003-2004).
Ele escreveu os livros "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), "Orçamento Participativo" (Fundação Perseu Abramo), "Esquerda em Processo" (Vozes), "Instituições Políticas no Socialismo" (Fundação Perseu Abramo), "Crise da Democracia" (Vozes) e "O Futuro por Armar" (Vozes).
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