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23/08/2005
-
12h24
EPAMINONDAS NETO
FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O presidente do PT, Tarso Genro, 58, disse hoje que o presidente Lula não sabia sobre o esquema de caixa dois utilizado pelo partido para financiar campanhas eleitorais de candidatos da sigla e de partidos aliados. "Acredito que o presidente [Lula] não soubesse o que estava ocorrendo, pois ele se afastou do partido quando assumiu a Presidência da República."
O presidente do PT participa hoje do ciclo de sabatinas da Folha. Esta é a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional.
Questionado sobre a possível ingenuidade do presidente, ao não enxergar o que estava ocorrendo dentro do PT, Tarso disse que Lula "não é bobo". "O presidente Lula não é bobo.Um bobo não chega à Presidência da República."
Segundo ele, se houve algum problema com o presidente, a questão foi ele ter delegado poder "exageradamente". Tarso, entretanto, não citou nomes sobre quem recebeu poder em demasiado por parte do presidente.
Ao ser indagado sobre as diferentes responsabilidades políticas atribuídas por ele ao presidente e ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no suposto esquema de caixa dois montado na legenda, Tarso afirmou que Lula havia "outorgado" a Dirceu a coordenação política do governo, que também envolvia as relações entre o Planalto e o partido.
"Quando ele outorgou a Dirceu a coordenação política, também deu a ele a responsabilidade pelas relações entre o partido e o governo."
No entanto, Tarso diz que acredita em Dirceu quando o ex-ministro diz que "não sabia" dos problemas internos do partido. "Dou a ele credibilidade. Mas essa credibilidade não é uma carta em branco."
Tarso, que ocupou o Ministério da Educação (2004-2005), deixou a pasta neste ano para assumir a presidência do PT em meio à atual crise política.
A sabatina
Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.
Os sabatinados respondem, em duas horas, a perguntas formuladas por entrevistadores e, depois, do público --formato utilizado nos anos anteriores na série de sabatinas da Folha com os candidatos à prefeitura de São Paulo, governo do Estado e presidência da República.
O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2) sempre a partir das 11h.
O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.
Trajetória
Tarso já foi prefeito de Porto Alegre (1993-1996 e 2001-2002) e ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência (2003-2004).
Ele escreveu os livros "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), "Orçamento Participativo" (Fundação Perseu Abramo), "Esquerda em Processo" (Vozes), "Instituições Políticasno Socialismo" (Fundação Perseu Abramo), "Crise da Democracia" (Vozes) e "O Futuro por Armar" (Vozes).
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Tarso defende Lula e diz que presidente não sabia de caixa dois do PT
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FABIANA FUTEMA
da Folha Online
O presidente do PT, Tarso Genro, 58, disse hoje que o presidente Lula não sabia sobre o esquema de caixa dois utilizado pelo partido para financiar campanhas eleitorais de candidatos da sigla e de partidos aliados. "Acredito que o presidente [Lula] não soubesse o que estava ocorrendo, pois ele se afastou do partido quando assumiu a Presidência da República."
O presidente do PT participa hoje do ciclo de sabatinas da Folha. Esta é a sexta da série de dez sabatinas que serão feitas ao longo do ano com personalidades de destaque no noticiário nacional.
Alan Marques/Folha Imagem |
Tarso Genro participa de sabatina da Folha |
Segundo ele, se houve algum problema com o presidente, a questão foi ele ter delegado poder "exageradamente". Tarso, entretanto, não citou nomes sobre quem recebeu poder em demasiado por parte do presidente.
Ao ser indagado sobre as diferentes responsabilidades políticas atribuídas por ele ao presidente e ao ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no suposto esquema de caixa dois montado na legenda, Tarso afirmou que Lula havia "outorgado" a Dirceu a coordenação política do governo, que também envolvia as relações entre o Planalto e o partido.
"Quando ele outorgou a Dirceu a coordenação política, também deu a ele a responsabilidade pelas relações entre o partido e o governo."
No entanto, Tarso diz que acredita em Dirceu quando o ex-ministro diz que "não sabia" dos problemas internos do partido. "Dou a ele credibilidade. Mas essa credibilidade não é uma carta em branco."
Tarso, que ocupou o Ministério da Educação (2004-2005), deixou a pasta neste ano para assumir a presidência do PT em meio à atual crise política.
A sabatina
Para sabatinar Tarso foram convidados os colunistas da Folha Josias de Souza, Demétrio Magnoli e Barbara Gancia, e Kennedy Alencar, repórter especial da Folha em Brasília.
Os sabatinados respondem, em duas horas, a perguntas formuladas por entrevistadores e, depois, do público --formato utilizado nos anos anteriores na série de sabatinas da Folha com os candidatos à prefeitura de São Paulo, governo do Estado e presidência da República.
O evento foi aberto à participação dos assinantes e acontece no Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2) sempre a partir das 11h.
O primeiro a ser sabatinado foi o médico Drauzio Varella. Depois vieram o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), o físico Marcelo Gleiser, e o escritor Salman Rushdie.
Trajetória
Tarso já foi prefeito de Porto Alegre (1993-1996 e 2001-2002) e ministro da Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência (2003-2004).
Ele escreveu os livros "Utopia Possível" (Artes e Ofícios), "Orçamento Participativo" (Fundação Perseu Abramo), "Esquerda em Processo" (Vozes), "Instituições Políticasno Socialismo" (Fundação Perseu Abramo), "Crise da Democracia" (Vozes) e "O Futuro por Armar" (Vozes).
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