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12/09/2005
-
14h29
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O corregedor-geral da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira que só vai chamar o presidente da Casa, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), para depor na Corregedoria após o empresário Sebastião Buani apresentar provas das denúncias feitas contra Severino.
"Não quero correr o risco de ter que chamar o presidente Severino para depor duas vezes, por isto vou esperar o cheque que o senhor Buani afirma que tem, com o endosso do motorista do presidente. Vou esperar este cheque até quarta-feira, mas já posso dizer que desta semana não passa", disse Nogueira, se referindo ao depoimento de Severino.
O corregedor classificou como insatisfatório o extrato bancário apresentado por Buani hoje à Polícia Federal. "Representa apenas um indício, mas não uma prova." Na avaliação de Nogueira, o cheque seria a prova "mais contundente" de que Severino recebeu propina do empresário.
O extrato bancário indica um saque de R$ 40 mil no dia 4 de abril de 2002, data do documento em que o presidente da Câmara, então primeiro-secretário da Casa, renovara a concessão do restaurante. "O cheque seria uma prova muito mais consistente", reiterou.
Nogueira confirmou ter conversado com Severino antes e depois da entrevista coletiva à imprensa, concedida pelo presidente da Câmara na tarde deste domingo. Ele reafirmou o otimismo de Severino, que não acredita que possa ser atingido pelas denúncias. Segundo Ciro, Severino se mostrou "muito contente" com seu desempenho na entrevista.
Ontem, Severino apresentou um laudo de um perito de Pernambuco apontando que é falso o documento que Buani tem apresentado como uma das provas.
O corregedor informou que vai pedir uma perícia oficial da Casa sobre o documento, já que a revista "Veja" também encaminhou o documento para análise e julgou ser verdadeiro. Ciro se negou a comentar tanto a decisão da oposição, que pretende obstruir os trabalhos da Câmara caso Severino continue no comando, como a decisão de Severino de se manter na presidência apesar das críticas.
Sobre o caso envolvendo os 18 deputados indicados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão, Ciro adiantou que seu parecer já está pronto e será votado na Mesa Diretora nesta terça-feira à tarde.
Ele não concorda com a visão do quarto-secretário da Câmara, deputado João Caldas (PL-AL), de que a Mesa está dividida em relação à continuidade da abertura dos processos de cassação dos deputados. "Eu conversei com todos os integrantes da Mesa na semana passada e a posição era unânime."
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O corregedor-geral da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta segunda-feira que só vai chamar o presidente da Casa, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), para depor na Corregedoria após o empresário Sebastião Buani apresentar provas das denúncias feitas contra Severino.
"Não quero correr o risco de ter que chamar o presidente Severino para depor duas vezes, por isto vou esperar o cheque que o senhor Buani afirma que tem, com o endosso do motorista do presidente. Vou esperar este cheque até quarta-feira, mas já posso dizer que desta semana não passa", disse Nogueira, se referindo ao depoimento de Severino.
O corregedor classificou como insatisfatório o extrato bancário apresentado por Buani hoje à Polícia Federal. "Representa apenas um indício, mas não uma prova." Na avaliação de Nogueira, o cheque seria a prova "mais contundente" de que Severino recebeu propina do empresário.
O extrato bancário indica um saque de R$ 40 mil no dia 4 de abril de 2002, data do documento em que o presidente da Câmara, então primeiro-secretário da Casa, renovara a concessão do restaurante. "O cheque seria uma prova muito mais consistente", reiterou.
Nogueira confirmou ter conversado com Severino antes e depois da entrevista coletiva à imprensa, concedida pelo presidente da Câmara na tarde deste domingo. Ele reafirmou o otimismo de Severino, que não acredita que possa ser atingido pelas denúncias. Segundo Ciro, Severino se mostrou "muito contente" com seu desempenho na entrevista.
Ontem, Severino apresentou um laudo de um perito de Pernambuco apontando que é falso o documento que Buani tem apresentado como uma das provas.
O corregedor informou que vai pedir uma perícia oficial da Casa sobre o documento, já que a revista "Veja" também encaminhou o documento para análise e julgou ser verdadeiro. Ciro se negou a comentar tanto a decisão da oposição, que pretende obstruir os trabalhos da Câmara caso Severino continue no comando, como a decisão de Severino de se manter na presidência apesar das críticas.
Sobre o caso envolvendo os 18 deputados indicados pelas CPIs dos Correios e do Mensalão, Ciro adiantou que seu parecer já está pronto e será votado na Mesa Diretora nesta terça-feira à tarde.
Ele não concorda com a visão do quarto-secretário da Câmara, deputado João Caldas (PL-AL), de que a Mesa está dividida em relação à continuidade da abertura dos processos de cassação dos deputados. "Eu conversei com todos os integrantes da Mesa na semana passada e a posição era unânime."
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