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19/09/2005 - 18h06

À espera de renúncia, Conselho adia abertura de processo contra Severino

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da Folha Online

O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), adiou para quarta-feira a abertura da representação contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE). "Vamos aguardar, já que existe a possibilidade de renúncia", disse Izar, que iria abrir o processo amanhã.

Com a renúncia, Severino ficaria livre do processo e, com isso, preservaria seus direitos políticos em uma eventual candidatura no ano que vem.

A expectativa é de que Severino renuncie na quarta-feira. Nesta tarde, o presidente da Câmara irá se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na conversa, Severino deve pedir a Lula que mantenha no cargo o ministro Márcio Fortes (Cidades), sua indicação na cota do PP. Severino quer manter ainda seu filho José Maurício na Delegacia Regional de Agricultura, em Pernambuco. A assessoria de imprensa do presidente da Câmara não confirmou informação.

O presidente da Câmara passou o dia ontem reunido com assessores e correligionários fazendo anotações para seu discurso de renúncia ao mandato, na quarta.

Severino disse ontem a vários correligionários que pretende disputar a eleição de 2006 e espera voltar a ser deputado federal em 2007. Severino dá como certa a sua cassação agora se ficar no cargo. Por isso, renunciará para não ficar inelegível --quem é cassado fica banido da vida política por oito anos. No discurso de quarta, vai se dizer perseguido politicamente.

O texto do discurso será redigido por seus assessores. Vários estiveram ontem durante todo o dia na residência da presidência da Câmara. Severino deve fazer uma recapitulação de toda a sua trajetória política, iniciada há 42 anos. Também dedicará um trecho de sua fala a refutar a acusação de que recebia propinas de um empresário do ramo de restaurantes.

Para a abertura da representação, a Mesa Diretora ainda deve encaminhar o processo ao conselho. O encaminhamento depende da assinatura de Severino. O presidente da Câmara havia declarado que enviaria o processo no início desta semana.

Representações

Hoje, Izar afirmou que não aceitará o pedido do PTB para retirar as representações feitas pelo partido contra os deputados Sandro Mabel (PL-GO) e José Dirceu (PT-SP).

Segundo Izar, já foi feito um parecer técnico pela assessoria da Câmara, no qual o Conselho baseia sua decisão de não aceitar a retirada.

"No Conselho não vamos aceitar. Quem quiser que recorra à Mesa, à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) ou fora da Casa, ao Supremo (Supremo Tribunal Federal). De acordo com o parecer, a retirada é indevida. São vários os argumentos para não aceitar a retirada. Dentre eles é o fato de os processos terem se tornado de interesse comum, não apenas do PTB. Estamos também nos baseando no processo jurídico. Quando um processo dá entrada e começam as investigações judiciais, ele não pode mais ser parado", declarou Izar.

Com Agência Câmara e Folha de S.Paulo

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