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20/09/2005 - 15h43

Barcelona confirma operação de R$ 7 milhões para o PT

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, afirmou nesta terça-feira em depoimento à CPI dos Bingos que operou, no total, um valor de R$ 7 milhões para o PT em uma única operação. Segundo ele, o dinheiro iria para o PT e também para partidos da base aliada.

Segundo Barcelona, a operação ocorreu entre setembro e outubro de 2002. Foram trocados US$ 2,05 milhões e revertidos em R$ 7 milhões que foram repassados à corretora Bônus-Banval, que passou, segundo Barcelona, para o PT e partidos da base aliada.

Lula Marques/Folha Imagem
O doleiro Toninho da Barcelona
O doleiro Toninho da Barcelona
"Quando o mercado começa com uma atipicidade, tem-se o cuidado de saber exatamente que operação é, a que se refere essa operação, por que razão ela demanda tanto dinheiro", explicou o doleiro. Para todas estas perguntas, o mercado só tem uma resposta lógica, segundo Barcelona: "campanhas políticas". O doleiro citou especificamente o líder do PP, deputado José Janene (PR), como uma das pessoas beneficiadas por esta operação.

Segundo Barcelona, a operação de captação de reais em troca de dólares era de conhecimento do ex-ministro-chefe da Casa Civil, deputado José Dirceu (PT-SP), que na época presidia o seu partido. Barcelona informou que em períodos de eleições, em conversas informais, os agentes do mercado de câmbio analisavam a quem os operadores estavam apoiando. Barcelona explicou que, além dele, o também doleiro, Dario Messer, repassava dinheiro para a Bônus-Banval, que iria para o PT.

De acordo com o relato do doleiro, havia "um triângulo entre a Bônus-Banval, os Messer e a Guaranhuns". Barcelona informou que sabe que a Bônus-Banval operava para Janene e a Guaranhuns, que é de um amigo seu, Lúcio Funaro, operava para o PL. "Eu soube que a Guaranhuns teve problemas com o PL", afirmou Barcelona. No entanto, ele não soube explicar que problemas seriam.

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