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20/09/2005
-
19h05
da Folha Online
O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, afirmou nesta terça-feira à CPI dos Bingos que repassou recursos ao filho do deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). Na época, Devanir era vereador na cidade de São Paulo e candidato à Câmara dos Deputados.
"Eu não participei diretamente das operações. Era um funcionário meu quem fazia as operações com o senhor Devanir", afirmou o doleiro. "Ia ao gabinete dele entregar os dólares. Em uma das operações foi que nos pediu um depósito na conta do partido", completou Barcelona.
Ribeiro, que acompanhava o depoimento, quis saber os valores repassados. Barcelona disse que os repasses foram feitos em 2002 e não lembrava exatamente a quantia. Segundo o deputado, o filho dele não era seu funcionário. Ribeiro também afirmou que seu filho era técnico em informática, fazia serviços para vereadores e comprava e vendia dólares, em valores de até US$ 2 mil.
O doleiro, entretanto, deu informações diferentes. Afirmou que tinha documentos mostrando que os valores de cada repasse chegavam até US$ 30 mil e as quantias, no total, passaram de US$ 100 mil. Barcelona disse ainda que o doleiro Dario Messer fazia operações para o repasse de reais a Bônus-Banval para serem utilizados pelo PT.
"A Bônus-Banval tinha e tem, como todos sabem, ligações com o sr. Marcos Valério. Ele tem ligações com o senhor Delúbio Soares e esses reais se destinavam, então, a campanha do partido", afirmou.
O depoimento de Barcelona na CPI dos Bingos começou por volta de 12h. O doleiro está preso desde agosto de 2004, em Avaré, interior paulista, por remessa ilegal de dinheiro para o exterior. Estima-se que ele tenha movimentado, em apenas uma de suas contas, mais de US$ 190 milhões. Ele chegou a Brasília escoltado pela Polícia Federal.
Com Agência Brasil
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O doleiro Antônio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, afirmou nesta terça-feira à CPI dos Bingos que repassou recursos ao filho do deputado Devanir Ribeiro (PT-SP). Na época, Devanir era vereador na cidade de São Paulo e candidato à Câmara dos Deputados.
"Eu não participei diretamente das operações. Era um funcionário meu quem fazia as operações com o senhor Devanir", afirmou o doleiro. "Ia ao gabinete dele entregar os dólares. Em uma das operações foi que nos pediu um depósito na conta do partido", completou Barcelona.
Ribeiro, que acompanhava o depoimento, quis saber os valores repassados. Barcelona disse que os repasses foram feitos em 2002 e não lembrava exatamente a quantia. Segundo o deputado, o filho dele não era seu funcionário. Ribeiro também afirmou que seu filho era técnico em informática, fazia serviços para vereadores e comprava e vendia dólares, em valores de até US$ 2 mil.
O doleiro, entretanto, deu informações diferentes. Afirmou que tinha documentos mostrando que os valores de cada repasse chegavam até US$ 30 mil e as quantias, no total, passaram de US$ 100 mil. Barcelona disse ainda que o doleiro Dario Messer fazia operações para o repasse de reais a Bônus-Banval para serem utilizados pelo PT.
"A Bônus-Banval tinha e tem, como todos sabem, ligações com o sr. Marcos Valério. Ele tem ligações com o senhor Delúbio Soares e esses reais se destinavam, então, a campanha do partido", afirmou.
O depoimento de Barcelona na CPI dos Bingos começou por volta de 12h. O doleiro está preso desde agosto de 2004, em Avaré, interior paulista, por remessa ilegal de dinheiro para o exterior. Estima-se que ele tenha movimentado, em apenas uma de suas contas, mais de US$ 190 milhões. Ele chegou a Brasília escoltado pela Polícia Federal.
Com Agência Brasil
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