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28/09/2005 - 16h35

Primeiro turno da Câmara fica empatado entre Aldo e Nonô

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da Folha Online

Os candidatos Aldo Rebelo (PC do B-SP) e José Thomaz Nonô (PFL-AL), respectivamente representantes do governo e da oposição, disputarão o segundo turno das eleições da Câmara dos Deputados. O segundo turno está marcado para as 18h desta quarta-feira.

Aldo e Nonô tiveram 182 votos cada. O primeiro contava com o apoio de seu próprio partido, do PL, do PT e PSB, enquanto Nonô teria os votos do do PFL, PSDB, PV, PDT, Prona e PPS. O candidato Michel Temer (PMDB-SP) retirou sua candidatura em favor de Nonô, o que não significa que transferiu os votos de sua legenda para o representante da oposição.

Sérgio Lima/FI
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP)
O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP)
"Eu esperava de 160 a 180 votos. Alcancei 182", comentou Aldo. Nonô disse que também superou suas expectativas. "Acho que a democracia vai cumprindo seu papel", afirmou.

O candidato Ciro Nogueira (PP-PI) teve 76 votos, seguido por Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), com 41 votos e por Alceu Collares (PDT-RS), com 18. Os deputados Jair Bolsonaro (PP-RJ) e Vanderlei Assis (PP-SP) não tiveram votos. Foram 5 votos em branco e 3 nulos. Os membros do PSOL já haviam anunciado que não votariam em quaisquer dos candidatos acima.

A Câmara promove uma eleição em meio a uma das maiores crises do parlamento. Lideranças de alguns dos partidos da Casa estão entre os envolvidos no escândalo do "mensalão", o que desacelerou o ritmo dos trabalhos. Além disso, as investigações das três CPIs praticamente concentraram a crise sobre o Legislativo federal, como já se queixaram alguns parlmentares.

Sérgio Lima/FI
O deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL)
O deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL)
A Casa ainda teve que enfrentar a renúncia de um presidente da Câmara, envolvido em um escândalo correlato ao do "mensalão", o que provocou o evento de hoje.

A falta de consenso em torno de um nome para sucessão do ex-presidente da Casa Severino Cavalcanti provocou uma multiplicidade de candidatos, às vezes de um mesmo partido, e um processo disputado de alianças e conflitos políticos, do qual o melhor exemplo é o PMDB. Essa aglutinação de apoios somente aconteceu entre a noite de ontem e hoje de manhã, quando vários candidatos anunciaram sua desistência da disputa e o apoio a nomes mais competitivos.

O governo determinou a liberação de R$ 500 milhões em emendas parlamentares em uma estratégia apelidada de "rolo compressor" por analistas políticos, para bancar a candidatura de Aldo, em um esforço para não repetir o desempenho na eleição de Severino.

Eleição

A sessão começou por volta das 10h e foi presidida pelo primeiro-secretário Inocêncio Oliveira (PL-PE). Após os discursos dos candidatos, os deputados se dirigiram à cabine de votação da Câmara e marcaram o nome de um dos candidatos. Concluído o processo, a mesa abriu as urnas e contou os votos.

Às 18h, a Mesa deve reiniciar a sessão para a votação em segundo turno. Os candidatos novamente terão direito à palavra e os deputados em plenário repetirão o processo. Concluído, a Mesa conta os votos e declara o vencedor.

Caso Nonô vença, a vaga da Primeira Vice-Presidência estará aberta. O novo presidente terá cinco sessões para convocar uma eleição para o cargo. Se Aldo vencer, Nonô continuará no cargo de primeiro vice-presidente da Casa.

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