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29/09/2005
-
19h55
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
A sessão secreta para ouvir o depoimento do ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho serviu de álibi para deputados e senadores fazerem uso político das investigações. Sem acesso da imprensa, oposicionistas e governistas expuseram visões contraditórias sobre as declarações de Marinho.
Peefelistas e tucanos disseram que as denúncias feitas pelo ex-funcionário da estatal mostram que a corrupção estaria restrita ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Governistas, por outro lado, disseram que há indícios de que o desvio de verbas e as licitações direcionadas começaram na gestão Fernando Henrique Cardoso.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), por exemplo, afirmou que Marinho aponta indícios de corrupção apenas no governo atual. "Os fatos se referem ao atual governo. Não há apontamento de nenhum fato dos governos anteriores", disse.
O deputado petista José Eduardo Cardozo (SP) reconhece os casos de corrupção no governo atual, mas afirmou que há declarações de Marinho que mostrariam irregularidades na gestão de Hassam Gebrin, indicado para a presidência dos Correios pelo ex-ministro da Comunicação Pimenta da Veiga.
No mesmo sentido, relator da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), confirmou que Marinho aponta um esquema "endêmico" de corrupção que teria começado no passado. "Não é coisa nova", afirmou.
Em depoimento ao Ministério Público, já fechado o acordo de delação premiada, Marinho confirmou ter recebido propina em 2002 do empresário Arthur Wascheck. Na CPI, afirmou que as decisões da empresa eram centralizadas e deu a entender que envolveriam recebimento de benefícios financeiros das empresas.
Diante disso, Gustavo Fruet (PSDB-PR) admitiu haver indícios datados de 2001 e 2002, mas preferiu fugir às declarações políticas. "O PT diz que começou com os tucanos; o PSDB diz que começou agora. Eu não entro nesse jogo", afirmou.
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Oposição e governistas divergem sobre depoimento de Marinho
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da Folha Online, em Brasília
A sessão secreta para ouvir o depoimento do ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho serviu de álibi para deputados e senadores fazerem uso político das investigações. Sem acesso da imprensa, oposicionistas e governistas expuseram visões contraditórias sobre as declarações de Marinho.
Peefelistas e tucanos disseram que as denúncias feitas pelo ex-funcionário da estatal mostram que a corrupção estaria restrita ao governo Luiz Inácio Lula da Silva. Governistas, por outro lado, disseram que há indícios de que o desvio de verbas e as licitações direcionadas começaram na gestão Fernando Henrique Cardoso.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), por exemplo, afirmou que Marinho aponta indícios de corrupção apenas no governo atual. "Os fatos se referem ao atual governo. Não há apontamento de nenhum fato dos governos anteriores", disse.
O deputado petista José Eduardo Cardozo (SP) reconhece os casos de corrupção no governo atual, mas afirmou que há declarações de Marinho que mostrariam irregularidades na gestão de Hassam Gebrin, indicado para a presidência dos Correios pelo ex-ministro da Comunicação Pimenta da Veiga.
No mesmo sentido, relator da comissão, Osmar Serraglio (PMDB-PR), confirmou que Marinho aponta um esquema "endêmico" de corrupção que teria começado no passado. "Não é coisa nova", afirmou.
Em depoimento ao Ministério Público, já fechado o acordo de delação premiada, Marinho confirmou ter recebido propina em 2002 do empresário Arthur Wascheck. Na CPI, afirmou que as decisões da empresa eram centralizadas e deu a entender que envolveriam recebimento de benefícios financeiros das empresas.
Diante disso, Gustavo Fruet (PSDB-PR) admitiu haver indícios datados de 2001 e 2002, mas preferiu fugir às declarações políticas. "O PT diz que começou com os tucanos; o PSDB diz que começou agora. Eu não entro nesse jogo", afirmou.
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