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31/10/2005 - 18h59

Conselho suspende leitura de relatório do caso José Dirceu

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

Por causa do início das votações no plenário da Câmara, o presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), suspendeu a leitura do voto do relator Julio Delgado (PSB-MG), que pede processo de cassação do mandato de deputado José Dirceu (PT-SP).

Delgado já havia lido o seu novo relatório e estava apresentando o voto. A leitura deve ser retomada ainda na noite de hoje, no fim da ordem do dia.

Antes de leitura do novo parecer, o Conselho de Ética aprovou requerimento para prorrogação do prazo de tramitação dos processos contra os deputados José Dirceu, Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG). O pedido segue para votação em plenário.

O advogado de defesa de José Dirceu, José Luis Oliveira Lima, avisou que recorreria ao STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a decisão do Conselho de prorrogar o prazo destes processos.

Após o anúncio de Oliveira Lima, o deputado Nilson Mourão (PT-AC) apresentou uma questão de ordem no plenário da Câmara, questionando se regimentalmente é possível esta prorrogação.

Pelo regimento, os processos no Conselho têm prazo de 90 dias para tramitação. O prazo das ações contra os três deputados termina no próximo dia 8.

Para Izar não há qualquer possibilidade de o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), acatar a questão de ordem do deputado petista. "Já há outros pareceres na Casa a nosso favor. Não dá mais para agüentar tantas medidas protelatórias", declarou o presidente do Conselho.

O presidente da Câmara deverá responder sobre a questão de ordem amanhã.

Relatório

Durante a leitura de seu voto, Delgado afirmou que apesar de não ter provas sobre o esquema do "mensalão", fica clara a culpa de Dirceu.

"Ora, admitir que o deputado José Dirceu não conhecia as minúcias desse esquema ['mensalão'] significa que ele não seria mais do que uma embalagem sem conteúdo. Enfim, estaríamos comparando as atitudes do deputado José Dirceu aos gestos de um fantoche sem controle dos próprios movimentos", declarou Delgado em seu voto.

O relator contestou a alegação de Dirceu de que não quebrou o decoro parlamentar por estar ocupando o cargo de ministro da Casa Civil quando, segundo a acusação do PTB, teria articulado o pagamento de parlamentares para que votassem em projetos de interesse do governo.

Com Agência Câmara

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