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06/11/2005 - 09h25

Bush chega ao Brasil protegido por operação de guerra

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da Folha Online

O presidente americano, George W. Bush, se reúne neste domingo com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para debater uma série de assuntos regionais e internacionais. Bush, que faz sua primeira viagem oficial ao país --ele permanecerá aqui por menos de 24 horas-- está protegido sob medidas de segurança inéditas no Brasil, classificadas como "operação de guerra'.

Atiradores de elite em pontos estratégicos onde passarão George Bush e sua comitiva; dois helicópteros da Polícia Federal (PF) de prontidão; cães farejadores capazes de localizar bombas, armas e produtos químicos; o serviço secreto; o esquadrão anti-bombas; e o esquadrão contra a guerra química norte-americanos. Estes são alguns elementos da operação montada em Brasília para receber o presidente dos Estados Unidos.

No área próxima ao hotel em que Bush e comitiva vão se hospedar, no bairro do Lago Norte, à beira do lago Paranoá, os trabalhos de segurança serão feitos pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima. Nenhuma embarcação vai poder se aproximar do local.

As operações de segurança ficarão a cargo da Polícia Federal, que realizará ações coordenadas com a polícia americana. Além do efetivo que trouxe ao Brasil, a equipe norte-americana conta ainda com os agentes da segurança diplomática da embaixada.

A Divisão de Inteligência da PF vai monitorar pontos da cidade onde supostamente existiriam mais riscos de atentado. O Comando de Aviação Operacional do órgão também entra em ação neste fim de semana patrulhando o Aeroporto Internacional de Brasília.

No total, 500 homens da Polícia Federal, cem homens da Marinha, Exército e Aeronáutica e cerca de 1.200 homens da Polícia Militar participam da Operação América, como foi batizado o esquema de segurança para receber chefe do Executivo norte-americano.

Conversa

O encontro será o primeiro entre Lula e Bush desde junho de 2003, quando o líder brasileiro visitou Washington e foram criados grupos de trabalho bilaterais para fortalecer a cooperação em ciência e tecnologia, educação, saúde, meio ambiente e agricultura, entre outras áreas.

Além de uma reunião reservada com Lula, Bush participará de um encontro que contará com a presença, do lado americano, da primeira-dama, Laura Bush, da secretária de Estado, Condoleezza Rice, do assessor para assuntos de segurança nacional, Stephen Hadley, entre outros altos funcionários do governo dos EUA.

Do lado brasileiro, devem participar os ministros Celso Amorim (Relações Exteriores), Dilma Roussef (Casa Civil), Roberto Rodrigues (Agricultura) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), além do Embaixador do Brasil nos EUA, Roberto Abdenur, e do assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.

Além das questões comerciais, Lula deve reivindicar uma profunda reforma da ONU (Organização das Nações Unidas), que inclua o ingresso do Brasil ao Conselho de Segurança como membro permanente.

Antes de se reunir com Lula, Bush tomará café da manhã com empresários e assistirá a um ato de líderes juvenis. Após a reunião, Bush fará uma palestra no hotel em que ficará hospedado, para uma platéia de convidados.

Os Estados Unidos são o principal destino das exportações do Brasil. O comércio bilateral cresceu 24% em 2004, chegando a uma troca comercial de US$ 31 bilhões, com uma balança comercial ligeiramente favorável aos americanos. O Brasil é o país da região em que os EUA mais investem--cerca de US$ 35 bilhões anuais.

Com Agência Brasil e agências internacionais

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